Sérgio 2, Jesus 0. A receita para a vitória, dada pelo treinador campeão nacional.

Começa a não ser novidade, mas Sérgio Conceição voltou a mostrar que tem um dom para os clássicos e para se sobrevalorizar ao treinador adversário. Aconteceu com Rui Vitoria, Bruno Lage e agora com Jorge Jesus. Sempre com a sua identidade bem vincada, e com a mentalidade de atacar e agredir os pontos fracos dos encarnados, o Futebol Clube do Porto voltou a apresentar-se com a lição bem estudada. Fala-se muito do estilo “feio”, da agressividade ou da mentalidade defensiva (defender bem não significa jogar para defender, como se ouve muitas vezes), mas a verdade é que a equipa orientada por Sérgio Conceição mostra sempre que nos grandes momentos está pronta, muito bem organizada, e que tem quase sempre o colectivo mais forte, independentemente da suposta qualidade individual ou dos milhões investidos.

Ontem, foi o próprio Sérgio Conceição que revelou um pouco daquilo que transmitiu aos jogadores antes do jogo e que foi treinado nos poucos dias de treino desta semana. Procurando explorar a falta de entrosamento do meio-campo benfiquista e o espaço dado em frente da linha defensiva, Corona apareceu sempre nesse espaço entre a linha defensiva e a linha média, enquanto Otávio atraía Weigl e Taarabt de frente para o jogo:

Esta vantagem posicional permitiu ao FC Porto desgastar o meio-campo das águias, controlar os espaços que queria atacar e ter sempre superioridade numérica no meio-campo, com Sérgio Oliveira e Uribe mais estáticos e curtos no seu raio de ação. A ocupação do corredor direito por parte de Marega ou Manafá foi muito importante para que, mesmo com muita gente no corredor central, a equipa portista conseguisse sempre esticar o jogo para um dos corredores. Esta variação do centro do jogo força o adversário a correr mais, desgastar-se mais e, por consequência, cometer mais erros, pressionar pior e desconectar-se mais da sua organização defensiva. Do lado contrário, vimos Weigl e Taarabt constantemente ultrapassados, sem coordenação ou preparação necessária para se equilibrarem em momentos de pressão ou transição, e no banco Jorge Jesus sem conseguir corrigir aquilo que tem sido um dos maiores problemas da equipa esta época. Foi assim que o lance do penalty iniciou, tal como muitos dos lances em que o FC Porto chegou ao último terço:

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Rodrigo Carvalho. 26 anos, treinador adjunto-analista nos San Diego Loyal, EUA. @rodrigoccc97 no Twitter.

1 Comentário

  1. Depois do condenável acto discriminatório do Hugo Miguel para com Gedson Fernandes em 27/10/2019 e antes do corresponde esclarecimento dos motivos que levaram a este comportamento e do pedido público de desculpas a generalidade dos adeptos que viram as imagens e ao Benfica, acham que o Hugo Miguel reuniria condições de imparcialidade, para ser nomeado pelo Conselho de Arbitragem para apitar jogos do Benfica?

    Na atual temporada 2020/21, Hugo Miguel foi nomeado para 2 jogos do Benfica e em ambos com 0-0 no marcador puniu os jogadores do Benfica com um penalti desfavorável! Para terem uma ideia da anormalidade estatística que é um candidato ao titulo sofrer 2 penaltis em 2 jogos seguidos basta este dado estatístico da nossa Liga. Nas ultimas 13 épocas, não encontramos nenhum arbitro que, tenha assinalado mais de 2 penaltis desfavoráveis ao F. C. Porto no acumulado de 13 épocas! Nenhum, nem Artur Soares Dias que assinalou 8 desfavoráveis ao Benfica, nem Jorge Sousa, nem Carlos Xistra, nem Hugo Miguel, nem Rui Costa, nem Pedro Proença, nem Nuno Almeida, nem João Capela e todos eles apitaram mais de 2 dezenas de jogos do F. C. Porto. Ou seja, nenhuma arbitro nestas 13 épocas assinalou 3 penaltis desfavoráveis ao F. C. Porto, mas Hugo Miguel em apenas nos 2 jogos desta época, assinalou 2 penaltis desfavoráveis ao Benfica com o jogo empatado e ninguém reparou em nenhuma anormalidade arbitral.

    Vejam informações mais detalhadas no link: http://influenciaarbitral.blogspot.com/2020/12/mais-do-mesmo-brutal-diferenca-arbitral.html

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