(Per)Segue o Líder

11 remates contra 0, embora com uma grande oportunidade para o Rio Ave fazer golo por um erro tremendo de Mbemba e sessenta e cinco de bola para os azuis mesmo que nem sempre fosse pressionante sem esta, eram os dados no final do primeiro período.

A equipa de Sérgio Conceição continua longe de ser avassaladora no seu processo criativo, mas demonstra em cada jogo a fiabilidade que explica como faz todas as temporadas tantos pontos. Jogo seguro e compreendido no 4x4x2 de sempre, depois de um início de temporada atípico em mudanças táticas. As linhas quando baixam nunca por receio, mas antes convidando adversários a sair para posteriormente os matar nas costas.

Coordenação Coletiva. Enquanto Sérgio não chega, Marega e Taremi controlam saída adversária com posicionamento na diagonal. 2×3 que vira 3×3 quando Oliveira pega no seis, libertando cada avançado para um dos centrais

Não espantou que a primeira grande oportunidade do Porto tenha surgido precisamente numa saída em contra ataque. Pós bola parada, a velocidade dos intervenientes azuis colocaram desde logo em sentido um Rio Ave que percebeu que mesmo em posse não estaria seguro.

Um Porto definido também em Organização Ofensiva – O médio do lado da bola saltou para participar no processo de criação, associando-se a lateral e extremo, enquanto mais longe da bola um trio formado por avançados e extremo oposto esperou momento para trabalhar na profundidade ou responder em zona de finalização. Uribe deu suporte às duas estruturas azuis quando bola no corredor direito, e Sérgio Oliveira fez o mesmo quando a bola entrou na metade esquerda do campo.

Dominador e Controlador, chegou à vantagem precisamente numa bola cruzada para a grande área que Diaz aproveitou para servir Taremi. O iraniano permitiu defesa ao guardião contrário, mas na recarga Luis Diaz colocou justiça no marcador.

A segunda parte trouxe um Rio Ave a procurar ser mais afoito, e sobretudo um Porto a ter mais dificuldades para chegar ao último terço e poder finalizar. Ainda assim, longe de viver em sobressalto.

Curiosamente foi num dos lances mais perigosos do Rio Ave na partida – Defesa de Marchesín – que o FC Porto iniciou a saída em ataque rápido para o segundo golo. Taremi caiu sobre o corredor lateral, como é habitual um dos avançados sair aquando do momento de Transição Ofensiva, e aproveitou as facilidades concedidas por Aderlan Santos para seguir até à grande área e servir Evanilson, que disparou para a baliza deserta.

Bola Parada Defensiva do FC Porto – Pepe liberto da Zona para ir para o Duelo

Destaques Individuais

Luis Diaz – Mesmo surgindo em espaços interiores que requerem maior velocidade de pensamento e execução, Luis Diaz não só foi capaz de guardar a bola quando não haviam condições para decisões mais arriscadas, como discernindo correctamente cada lance, saiu para a finalização, ou ofereceu aos dois avançados possibilidade para tal sempre que vislumbrou uma “nesga” de espaço livre.

Taremi – A agressividade no momento defensivo valeu-lhe a recuperação da bola que ofereceu para Evanilson marcar. O seu entendimento na frente de ataque – Alternância entre pedir bola no pé ou no espaço – com Diaz e Marega cresce de jogo para jogo, e hoje voltou a surgir com possibilidades de marcar. Não marcou, mas assistiu e ainda esteve no primeiro golo, sem que nunca tenha em momento algum tirado o pé do plano de jogo.

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