Sem Corona, e sem Diaz de (J)amor

Dificuldades grandes para o FC Porto na primeira parte não apenas pelas dificuldades que o relvado mal tratado do Jamor sempre prejudica, mas muito pela forma como o Belenenses se comporta em Organização Defensiva – o Bloco esteve sempre compacto, e ainda deixou três homens na frente à espera de uma possível saída em contra ataque.

Os laterais mais baixos do que o que é habitual no modelo de Conceição foram marca para atrair opositores e conquistar espaço nas suas costas. Porém tal condicionou as próprias rotas ofensivas dos azuis, que praticamente não descobriram os terrenos interiores no Jamor. Saídas predominantemente por fora, e constante exploração da profundidade. Quer Evanilson quer Taremi procuraram sempre receber a bola nas costas e tal trouxe um jogo pouco elaborado, mais directo.

Tudo o que de melhor fez ao longo da primeira etapa foi no impedir a equipa de Petit de poder jogar – Foi bem sucedido em tal intento, mas nem a presença de Felipe Anderson e Fábio Vieira, de pés trocados trouxeram criatividade e capacidade para entrar na organização contrária de frente para os competentes centrais do Belenenses – Gonçalo Silva, Tomás Ribeiro e Henrique.

A bola foi sempre mais do FC Porto, mas as dificuldades de criação não foram esbatidas. Sérgio Conceição viu-se obrigado a lançar Corona e Luis Diaz, os dois jogadores de todo o plantel com maior capacidade ofensiva para criar problemas nos adversários.

Organização Defensiva – Momento de Pressão 4x4x2 Losango

Taremi num típico movimento de número nove subiu bem alto para ganhar a bola e cabecear no lance mais perigoso do FC Porto, mas o guardião Kritsyuk parou a equipa de Conceição.

Foi um Porto pouco criativo, que sentiu em demasia a ausência de Corona, o homem que pensa e define o jogo na zona de decisão, bem como a de Luis Diaz, colombiano capaz de acelerar em condução como nenhum outro.

A lesão de Nanu deixou o Porto com 10 homens em campo no momento que deveria ser de “aperto”, e os dois pontos deixados em Lisboa começam a complicar seriamente as contas do título para quem tem… Braga na próxima semana.

Homem do Jogo: Nanu. Não, não foi pela grave e arrepiante lesão. Foi pela dinâmica que deu no corredor, pela quantidade de vezes que apareceu nas costas da linha adversária a responder a solicitações que chegaram do lado oposto. Somou passes de criação importantes, raramente perdeu a posse e foi quem mais dificuldades colocou ao Belenenses no seu organizado processo defensivo.

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