Farense vs Benfica: o golo é na baliza – curtas

O Benfica de regresso ao 4x4x2, com Gabriel a ocupar a vaga de Weigl, castigado, e a surpresa de Nuno Tavares, no lugar de Grimaldo.

Pedro Henrique, aos 13 minutos e Lica aos 40 (golo anulado pelo VAR) foram os responsáveis pelas oportunidades mais flagrantes da primeira parte, ambas para os algarvios;

Em ambos os casos, nota para erros individuais encanados na origem dos lances de perigo. Na primeira ocasião é Gabriel que, ao falhar um passe vertical em zona de construção, com a equipa “aberta” cria condições para uma situação de transição do Farense. Valeu aos encarnados a extraordinária defesa de Helton a negar a golo algarvio;

Esse golo chegou ao minuto 40, apesar de anulado pelo VAR, por fora de jogo. A péssima abordagem defensiva de Nuno Tavares, com os apoios mal colocados, permitiu a Licá ganhar a frente e finalizar com êxito;

A dupla Darwin e Seferovic demonstra, a cada jogo, não ser solução para os encarnados. É muito difícil que uma equipa grande tenha sucesso com 2 avançados com tanta dificuldade na relação com a bola e a baliza;

Benfica a forçar, por isso, muitas ações pelos corredores laterais, com destaque para Nuno Tavares, pela esquerda;

Rafa e Everton a procurarem, em demasia, ações individuais no espaço central. É reconhecida a capacidade técnica de ambos, mas sem capacidade associativa é difícil desequilibrar;

Luca entrou na segunda-parte e, apesar de algumas más ações iniciais, criou alguns lances, com destaque para uma ocasião em que Pizzi remata a rasar o poste;

O Farense limitou-se a uma postura na busca das transições, sendo que na segunda metade, consciente do nervosismo adversário, subiu a sua linha de pressão para condicionar o início de construção dos encarnados;

Com o empate de hoje, este é o quinto jogo consecutivo que o Benfica tem fora de portas;

As águias acabaram o jogo com 2 remates enquadrados com a baliza. Assim é muito difícil ganhar, para qualquer equipa. Independentemente da dimensão.

Destaques Individuais

Rafa foi o mais inconformado da equipa benfiquista mas assentou a sua ação, maioritariamente na individualidade, à qual juntou o falhanço de uma finalização fácil. O futebol é um desporto coletivo. Mas, por estes dias, as águias têm muito pouco de processo coletivo, sobretudo em organização ofensiva. Destaque para o facto de este ser o primeiro jogo em que o Farense não sofreu golos para o campeonato. Sintomático.

Otamendi foi novamente o líder da defesa encarnada. Algumas ações individuais do argentino “esconderam” fragilidades coletivas na coordenação da última linha encarnada.

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