Portimonense vs Porto: De bola parada também vale – curtas

Um Porto na máxima força e no seu 4x4x2 habitual sentiu dificuldades em penetrar no bloco baixo da equipa algarvia. Com 5 defesas em organização defensiva e apenas Beto enquanto referência ofensiva, Paulo Sérgio preparou a equipa para fechar os espaços de penetração aos azuis e retirar a profundidade.

Uma primeira parte de inúmeras perdas de bola para ambos os conjuntos trouxe um jogo esteticamente muito “feio” em que a única bola que chegou enquadrada a uma das balizas fui…um autogolo;

Porto com as dificuldades de sempre no jogo interior, procurou colocar os alas em posições interiores, acabando estes por atrair consigo os alas contrários na marcação;

Com Taremi mais baixo que Marega, foi o malíano o causador dos primeiros lances de relativo perigo, buscando as suas diagonais na meia direita, procurando ganhar as costas do lateral contrário;

Sérgio Oliveira, sempre ele a carregar os azuis em direção ao ataque, ora em posse ora procurando meter um passe em profundidade que colocasse um dos avançados em condições favoráveis de finalizar;

Portimonense sempre com os laterais projetados em organização ofensiva mas com pouca clarividência em ligar o jogo, foi em chamadas à profundidade que causou alguns calafrios à defensiva azul. Primeiro por Anzai e depois por Beto;

A lesão de Pepe, aos 24 minutos, a mostrar a sua importância no estrutura azul e branca. A sua saída trouxe uma dificuldade adicional no controlo da profundidade. Prova disso foi o golo do empate dos algarvios;

Mais uma vez um golo de bola parada a resolver o encontro num jogo em que as perdas de posse e os duelos foram uma tónica;

Porto poderia ter feito mais um ou outro golo com outra serenidade e capacidade de definição em situações de transição de que dispôs nos últimos 15 minutos mas, infelizmente, depois das expulsões dos dois treinadores, jogou-se mais fora do que dentro de campo.

Destaques Individuais

Sérgio Oliveira foi o dínamo portista. Carregou a equipa e assumiu a responsabilidade, como habitualmente. Com participação decisiva no primeiro golo e a autoria do segundo, foi peça chave para mais 3 pontos dos dragões.

Beto foi o principal problema que a defensiva portista teve que enfrentar. O avançado sente conforto na procura da profundidade e, usando a sua capacidade física e velocidade conseguiu, sempre que lhe foram criadas condições, provocar sobressalto na estrutura adversária. Teve participação decisiva no golo do empate e, com outra qualidade na decisão, poderia ter dado outro destino a um par de ocasiões.

Nota negativa para 3 expulsões de elementos de fora das quatro linhas.

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