Benfica para a Champions

Com três centrais de nível elevadíssimo capazes de serem o primeiro desequilíbrio em posse – Lucas e Vertonghen têm um passe incrível pela tensão e decisão, e Otamendi também se mostra capaz de alimentar as zonas de finalização com o seu passe vertical – o Benfica avançou para um possível lugar na Champions, com uma fórmula que muito provavelmente repetirá na Champions – Se lá chegar.

Com os centrais a engolirem o trio ofensivo do Braga, encaixou Luca, Seferovic e Rafa nos centrais adversários, o Benfica forçou o homem a homem a campo todo quando a bola estava no meio campo ofensivo e com isso retirou conforto e possibilidades de construção à equipa de Carvalhal.

A superioridade do Benfica era evidente mas nem por isso capaz de criar em catadupa para que se pudesse falar num golo que se adivinhava – Grimaldo desperdiçou um lance importante. A expulsão de Fransergio foi o catalizador que precisava o Benfica para mantendo pressing sem bola, encontrar mais espaços para atacar.

No único remate no primeiro período dos bracarenses, os arsenalistas quase se adiantaram no marcador – Mau atraso de Otamendi que terminaria com uma defesa incrível pela velocidade com que saiu da baliza de Hélton Leite.

O belo golo de Rafa já no período de compensação da primeira parte foi machadada num Braga que se procurava reorganizar com menos um homem. O extremo ao contrário do que tantas vezes sucede foi eficaz no 1×0 com Matheus.

Ainda que amiúde – Um grande livre de João Novais e uma incursão pelo corredor direito de Sporar – o Braga desperdiçou oportunidade para entrar no jogo, numa segunda parte que a equipa de Jesus controlou com bola, com pausa e com chegada tranquila ao último terço.

O golo de Seferovic coroou a exibição segura de um Benfica com fórmula Champions.

Destaques Individuais:

Trio de Centrais – Com Lucas em campo nos jogos nacionais o Benfica ainda não sofreu qualquer golo. O nível defensivo e ofensivo do trio é elevadíssimo e foi uma barreira intransponível ao jogo arsenalista, para lá da qualidade que trouxe no alimentar das zonas mais altas;

Seferovic e Rafa – De Seferovic para Rafa, e depois de Rafa para Seferovic. Eles que tantas vezes definem de forma errada no último terço, em Braga tiveram a precisão no gesto técnico e na decisão que definiram o resultado.

7 Comentários

  1. Na defesa há evoluções claras, mas o pecado original continua a ser o mesmo. Não há um 8 minimamente completo no plantel e como tal falta inteligência nas transições.

  2. Sim GV, estou de acordo, claramente um número 8 é a grande falta neste plantel. Aliás, para mim, guardavam o dinheirinho todo que têm disponível para manter o plantel e apostar num 8 de qualidade inegável, regressando alguns emprestados bastava para montar um plantel de grande capacidade. Claro que há outras posições que podiam ser melhoradas, mas essa é fulcral.
    Quanto à táctica eu espero que seja para ficar, o 442 à JJ com um nº8 à séria vai dar para grande parte dos jogos de consumo interno, mas se querem disputar os jogos mais competitivos esta é uma boa táctica, entre o 343 e o 352, conforme o adversário.

    • Concordo que o 8 é a grande falha do plantel. E a mais difícil de equacionar uma solução criativa – Chiquinho, já se entendeu, não conta para Jesus; Gedson poderia ser uma ideia, mas os últimos 2 anos foram uma travessia no deserto na sua evolução.

      No mercado interno tenho também dúvidas que hajam opções fortes para o lugar. Mas adorava ouvir a opinião dos escribas do Lateral Esquerdo sobre isso.

      Se me permitem, também gostaria de sugerir um artigo aprofundado sobre o Fama de Ivo Vieira. Talvez cedo demais para concluir grande coisa, mas… parece da noite para o dia.
      Algo que não surpreende. Ivo é um upgrade absurdo, face a Silas.

    • Seria uma boa aposta sem dúvida, muito bem lembrado (e também tenho a curiosidade de saber as sugestões do Lateral Esquerdo), mas para cair de estaca preferia alguém com outro gabarito o que não implica que, dependendo da situação do Gedson, Taarabt, Pizzi e Chiquinho, venha a ser uma opção para evoluir no plantel.

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