Este Leão não é para velhos

Depois de vinte vitórias em vinte e quatro jogos, o leão voltou a ceder pontos. Acreditou até ao final em mais uma “clean sheet” – Desde o início (quando nem em sonhos imaginávamos o Sporting campeão) que afirmarmos que Rúben Amorim descobriu a forma de tornar o Sporting ultra competitivo. Fechar a sua baliza – Concentração defensiva – O sistema com três centrais garante não apenas essa concentração em Organização Defensiva, como com a participação de João Palhinha se torna seguro no momento de perda da bola, mas viu-se traído no final da partida num lance de grande recorte técnico de Walterson.

Em Moreira de Cónegos o jogo até começou com um susto – Rafael Martins fugiu na profundidade e atirou forte mas fora do alvo, mas muito rapidamente o Sporting estabilizou o seu jogo.

Rúben Amorim resgatou o sistema tático da partida anterior (3x5x2) – (FOI ASSIM) – desta feita com a melhor dupla ofensiva da Liga. Juntou Pote a Paulinho e com isso aliou eficiência no gesto e eficácia. Em criação e no momento de finalização. O domínio leonino já se sabe nunca é traduzido em criação avassaladora. Este Sporting é mais pragmático pela forma como parte da sua boa organização sem bola – Seja nos momentos ofensivos ou defensivos – para um jogo de eficácia no último terço.

O triângulo do meio contou com João Mário mais aberto na esquerda e Daniel Bragança na direita, e se os interiores leoninos não tiveram a imponência sem bola que João Palhinha uma vez mais voltou a demonstrar – Incrível o número de recuperações da posse, as vezes que fechou o espaço, e equilibrou a equipa em possíveis saídas oponentes – compensaram com a qualidade como geriram a posse – Pouquíssimas perdas, foram traduzidas em poucos momentos de risco para a sua própria baliza, e ainda permitiram acentuar posicionamentos altos dos leões – Sem perda, houve chegada ao último terço.

A entrada de TT

Não é normal entrar um Avançado na hora de segurar o jogo, mas a verdade é que é na primeira linha que se começa a defender. Com uma boa definição de como defender logo na frente, e com jogadores disponíveis para tal, tudo se torna mais fácil para quem está atrás porque há menor chegada. Rúben Amorim colocou TT por Daniel Bragança e com isso fortaleceu defensivamente a sua equipa – TT trouxe agressividade e disponibilidade no trabalho sem bola sobre os centrais adversários quando se juntou a Paulinho na dupla da frente, e Pote passou a posicionar-se como interior direito no posicionamento que até aí era de Bragança, e posteriormente entrou Matheus Nunes para definitivamente fechar “a loja” pelo conquistar de duelos que impediram os de Moreira de poder ser mais atrevidos.

Depois de tantos triunfos no “soar do apito” o leão que pareceu sempre controlador nos momentos defensivos, provou do seu próprio veneno – Quantos dos triunfos ao cair do pano refletiram processo de criação consistente?

Depois de aberto o melão (empate final) as substituições de Rúben Amorim serão inevitavelmente questionadas – É essa a beleza do jogo. Contudo, a realidade e mérito / demérito dos triunfos / desperdiçar de pontos na parte terminal das partidas tem tido mais de aleatoriedade do que da forma como estruturalmente o técnico mexe.

Melhor em Campo:

João Palhinha. É o homem do Campeonato. O Senhor que elevou o jogo do Sporting para outro nível. Uma vez mais foi Palhinha que empurrou o leão para a frente – O seu poderio físico não impediu apenas a criação adversária ou equilibrou o Sporting – Foi o que permitiu o domínio porque este é sempre expresso não somente no que fazes com bola, mas como sem bola não deixas o outro fazer.

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