Porto na Champions (com qualidade Champions)

Estará Sérgio Conceição a preparar a alteração no seu modelo para a próxima época? Este Porto, sem Marega e Sérgio Oliveira (que até acabou por entrar bem no jogo) no XI torna-se uma equipa diferente, mais atraída pelo corredor central e uma construção mais curta.

A fazer girar a equipa, Otávio. O luso brasileiro passa, agora, mais tempo no espaço de terreno onde mais pode influenciar o jogo da sua equipa: no corredor central. Muitas vezes, até, a par com Grujic, em zona de construção, a acender as luzes dos caminhos da equipa em ataque posicional.

Com um médio mais equilibrador como Grujic, Sérgio sente ter um guarda costas que protege o seu setor mais recuado para, assim, poder potenciar uma maior mobilidade e novas dinâmicas no ataque posicional.

Com o meio campo azul-e-branco com um diferente figurino, Sérgio Conceição pede, também, coisas diferentes a Uribe. A rapidez de passada e agressividade de colombiano, seja com bola seja sem ela, possibilitam aos portistas, quer um maior condicionamento do início de transição adversário. quer maior rapidez em momentos de transição ofensiva após recuperação de bola.

E porque para atacares melhor tens de construir melhor, a Grujic e Otávio no corredor central, Sérgio Conceição manteve a aposta, certeira, em João Mário, A aposta no jovem internacional português ao jogo dos portistas um lateral mais competente em todos os momentos do jogo. Sempre a dar largura e profundidade que foi, quase sempre, todo seu mas, ao mesmo tempo, sempre capaz de procurar o espaço interior para encontrar ligação – capacidade que hoje até valeu uma assistência.

A ajudá-lo, em alguns momentos no início de transição defensiva, o operário Taremi a fechar o corredor direito e a poupar Otavio a esse esforço adicional sem bola.

Equipa portista sempre mais equilibrada e a privilegiar o controlo de jogo um futebol associativo, com os três golos construídos no corredor central a serem prova disso.

O Rio Ave caiu de rendimento e animicamente com a demolidora entrada portista na segunda metade, mas foi sua a primeira ocasião de grande perigo no encontro, um falhanço clamoroso à boca da baliza que, se tivesse tido outro desfecho, poderia ter dado contornos distintos a um encontro que quis disputar sempre olhos nos olhos com um adversário de maior valia. Procurou sempre atrair por dentro para penetrar nas costas dos laterais portistas, reconhecidamente o espaço mais frágil dos dragões ao longo da época.

Destaque para Luíz Diaz, também ele a aparecer em grande estilo nesta reta final de nota artística da sua equipa. Sempre a procurar as costas dos médios para se associar, carimba uma excelente exibição com um golo revelador de toda a sua técnica individual. E ainda Filipe Augusto, o mais esclarecido dos vilacondenses tanto a fazer jogar a equipa como a “matar” as transições portistas. Perdeu gás com avolumar dos minutos e do resultado mas, foi capaz de, a espaços, se assumir e mostrar toda a sua classe, sobretudo com bola.

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