
Tático, Apaixonante, o jogo do Gato e do Rato no Dragão.
City com Bola:
Organização Ofensiva em 3x3x4 – Zinchenko, o lateral esquerdo no momento defensivo, incorporou sector intermédio e posicionou-se como interior esquerdo. Bernardo foi o interior direito, e Gundogan o “seis”. Na frente, Mahrez bem aberto na direita e Sterling bem aberto na esquerda, enquanto por dentro De Bruyne e Foden posicionaram-se como avançados – Sempre com a clara tendência de baixar e mostrar-se muito entre linhas para dar saída ofensiva em ataque posicional.
Chelsea sem Bola:
Modelo habitual – 5x2x3. Kanté enorme no centro das operações – Sem perder um passe, a recuperar bolas e a fechar o espaço a velocidade incrível – Com Jorginho eram apenas dois, para os três do City – Quando não conseguiam controlar o espaço nas meias (onde Bernardo e Zinchenko apareciam), os centrais Azpilicueta e Rudiger saíam da linha e tinham a missão de controlar tais espaços.
A recuperação da posse encontrava Mount a pedir no pé, e Havertz e Werner sempre dinâmicos com movimentos que se complementavam – Moviam defesas oponentes para abrir espaços.



Chelsea com Bola:
Com três centrais, e Mount a surgir como um interior esquerdo, que se posicionava mais alto que Kanté o interior direito. Ambos ao redor de Jorginho, o homem responsável por dar saída e ligar o jogo entre os defesas e os homens do espaço mais adiantado entre linhas. Nas alas Chilwell e Reece James a fazerem toda a profundidade do corredor.
City sem Bola:
Zinchenko abandonou o posicionamento de médio interior e posicionou-se como lateral esquerdo, fechando o City o campo em 4x4x2. Bernardo Silva no duplo pivot ao lado de Gundogan num meio campo de características tremendamente ofensivas – Nas alas Mahrez e Sterling fechavam, enquanto Foden e De Bruyne defenderam como avançados.

Foi o Chelsea que marcou em Ataque Posicional – Quando a toada do jogo foi sempre: City em Ataque Posicional, Chelsea em Contra Ataque.
Os momentos de pressão são nos dias de hoje fundamentais no desenrolar das partidas – Permitem ter ascendente no jogo quando se bloqueia o adversário e este erra sistematicamente em posse; Contudo, quando encontra oponentes capazes de sair do pressing, o Espaço vai abrir-se – E torna-se possível atacar contra apenas defesas com meio campo para jogar – Assim marcou o Chelsea:

- Uma validação da proposta de análise qualitativa e o todo… sempre diferente da soma das partes. O exemplo do Benfica com Di María, Neres e… Rafa.
- Uma proposta de análise qualitativa. Como exemplo, e na dimensão individual, os jogos de preparação de Di Maria.
- O certo e o errado à luz duma ideia: o golo do Al-Nassr ao Benfica
- Quais os desportos que os apostadores portugueses preferem em 2023?
- O erro de Descartes e de… Ricardo Araújo Pereira. O entrosamento, a forma, o flow e a necessidade do pensamento complexo. O caso do Benfica 22/23 de Roger Schmidt.
Não tirando mérito à construção da Chelsea, vários erros visíveis para além dos invisíveis à primeira: Zinchenko a fechar mal, Ederson muito “dentro da baliza” com bola no meio campo contrário, ninguém na linha de uma bola rasteira de 50 metros.