O Sporting vai regressando paulatinamente à nova temporada. Vencendo mas nem sempre convencedo. A primeira parte não foi boa – A dupla Palhinha e Daniel Bragança não foi capaz de trazer o domínio do jogo para o Sporting – O Menor raio de acção do “oito” sem bola, não permitiu as recuperações da posse habituais, e sem roubar fica mais difícil jogar.
Não foi capaz de pegar no jogo ofensivamente – Ora porque a construção não ligou com o último terço, ora porque não teve possibilidades para transitar e aproveitar um momento onde foi extremamente forte na temporada passada.
Apesar de ter apresentado um onze próximo do mais forte – sairá eventualmente Bragança e Neto do onze – são vários os elementos leoninos cujo rendimento está naturalmente ainda abaixo do normal. Ricardo Esgaio ainda procura melhor entrosamento, e embora apareça também pelo corredor central a sua taxa de sucesso em espaços curtos não é idêntica aos momentos em que percorre espaços abertos para alimentar o último terço.
Depois de um primeiro período de parca qualidade e sem chegada a zonas de criação, a segunda parte voltou a trazer um jogo de baixa velocidade – quer na circulação da posse em ataque posicional, quer nas acelerações em transição. Contudo, desta feita com Tabata no corredor central. O médio brasileiro tem como característica principal a sua boa relação com bola, e veio contribuir de forma importante para que o Sporting voltasse a ter ascedente sobre o Angers.
Sem criação suficiente, voltou a ser Gonçalo Inácio o desbloqueador de serviço. Em mais uma bola parada, num lance confuso, Inácio encontrou o fundo das redes.
Até ao final, Adán foi mostrando porque é uma das mais valias do actual Sporting, negando o empate por um par de vezes, e finalmente uma saída rápida eficiente que Nuno Santos terminou a desviar para o poste, marcando Paulinho na recarga, sentenciaram um jogo cujo resultado foi francamente superior à exibição.
Não sobra demasiado tempo para afinar a entrada na Supertaça, e se o Sporting beneficia de um modelo consolidado e campeão – Com especial destaque para solidez defensiva que lhe permite vencer sucessivamente os seus jogos – fica a dúvida sobre que resposta individual estarão os melhores jogadores da Liga 2020 preparados para dar já no início de temporada.
Não vi com muita atenção mas pareceu-me que só esteve uma equipa em campo e não foi o Sporting. O futebol é mesmo incrível, a quantidade de jogos que esta equipa ganha sem jogar nada de nada é assombrosa… O Angers teve quantas oportunidades de golo: sete ou oito?