Toni Martírio

Notas Sofascore antes do início do Famalicão-FC Porto

Tínhamos avisado para as deslocações aos quintais da Liga como obstáculo ao objectivo que Sérgio Conceição delineou na pré-época. Iniciar melhor o campeonato, leia-se não cometer percalços significativos nas primeiras dez jornadas é objectivo primário e público, e a deslocação a Famalicão vem provar o muito que ainda tem o FC Porto a melhorar para não deixar fugir o eficaz Sporting e um Benfica que tem o seu primeiro grande teste à… 11ª jornada. Valeu aos portistas a inspiração de Toni Martínez na finalização, como valeu que durante largos períodos da primeira metade o 541 que Ivo Vieira desenhou não conseguisse conter as saídas dos azuis-e-brancos. Um só homem na frente para uma saída a três e um meio-campo que pareceu subido para equilibrar essa lacuna mas que deixou um fosso para a linha defensiva dos famalicenses. Assim, os cinco defesas que Ivo lançou não foram um último recurso para travar ataques e acabaram por ser o primeiro. E com tanto espaço entrelinhas foi ver o FC Porto não se importar com o acréscimo feito à linha defensiva por Ivo. Taremi e Otávio foram os catalisadores, Martínez o finalizador, numa primeira metade que, ainda assim, viu o Famalicão subir de produção entre os dois golos do espanhol, como que a avisar para o que aí viria.

Primeira parte sem oportunidades de finalização mas com sinal positivo para Taremi na criação. Aqui, a assistir Toni Martínez para o primeiro dos dragões
As saídas do FC Porto encontraram demasiadas vezes um Famalição partido. Uma linha média que deixou buracos entrelinhas e uma linha defensiva que não conseguiu equilibrar esse facto. Otávio foi um dos que aproveitou para assistir. Martínez, já se sabe, é rápido a fugir e neste jogo elevou a eficácia para outro patamar.



Um Famalicão com mais iniciativa e um FC Porto que nunca conseguiu agarrar realmente o jogo pintaram uma segunda parte que prova o porquê destas deslocações tirarem o sono a Sérgio Conceição. E nem uma vantagem de dois golos impediu que, já nos descontos, todos os portistas aguardassem ansiosos por uma decisão do VAR enquanto carpiam as mágoas da fraca produção evidenciada nos segundos 45 minutos. Muito por culpa do golo de Riccieli (56′) e da falta de controle que assolou a equipa durante todo o jogo. Já o sabemos, a decisão e definição não é o forte de muitos jogadores do plantel. E um exemplo perfeito será o de Zaidu Sanussi que, entrado para cavalgar e abrir o jogo (assim como Francisco Conceição) acabou por ter de ser chamado a tomar uma decisão importante. O FC Porto mantinha a bola longe da sua baliza quando Zaidu preferiu a tabela para um espaço interior. E ainda o Fama não tinha acabado a transição ofensiva e já o desespero de um Sérgio Conceição esbracejante era mais que evidente. Parecia que o treinador do FC Porto estava a adivinhar uma bola que acabaria dentro da baliza de Diogo Costa. Valeram os centímetros a mais, valeu Toni mas não se escapou ao martírio. Fica o aviso à navegação: o ritmo não se baixa e a definição tem de ser de excelência, porque às vezes nem a eficácia chega.

Famalicão-FC Porto, 1-2 (Riccieli 56′; Toni Martínez 13′ e 43′)

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