A viagem até Famalicão trouxe um FC Porto de duas caras. Uma primeira parte de um bom nível em contraste com uma segunda-parte longe daquilo que o treinador portista pretende e que até podia ficar marcada pela perda de pontos. Ainda assim, fica o registo de uma 1ªparte com uma dinâmica ofensiva forte da equipa de Sérgio Conceição, conseguindo chegar ao intervalo por uma diferença justa de dois golos. Partindo do habitual 4x4x2 clássico, que tão bem têm juntado Taremi e Tony Martinez no ataque portista, a mobilidade e os contramovimentos coletivos foram a nota de destaque.
Na construção, diferentes saídas de forma permanente (a 2+2, a 3+1 ou até a 3+2 com o recuo frequente de Otávio – variando altura dos laterais e posicionamento dos médios) mas com grande protagonismo dos médios. Construção esta que não sentiu grandes dificuldades do 5x4x1 do Famalicão e com facilidade, o FC Porto foi chegando ao último terço. Otávio e Taremi a potenciar no jogo interior dos Dragões, com Diaz a alternar entre largura e espaço interior, a equipa “Azul e Branca” teve sempre uma mobilidade interessante no corredor central expressa na forma como os jogadores combinavam, permitindo ficar várias vezes de frente para a última linha adversária. A qualidade do jogo interior nunca apareceu dissociada dos movimentos de Tony Martinez ou até de Luís Diaz nas costas da última linha adversária, aliás estes movimentos permitiam aos restantes avançados receber (com espaço e tempo) e enquadrar com a linha defensiva adversária para depois servir Tony Martinez.
E foi assim que, o FC Porto chegou à vantagem na partida e terminou a 1ªparte a vencer 2-0 com Taremi a receber entrelinhas e Tony atacar a profundidade numa dupla que promete (como ficou patente nestes dois jogos iniciais) criar muitos problemas às linhas defensivas adversárias.
Deixe uma resposta