
Hoje em dia, as equipas técnicas vão ao detalhe. Não só sobre as dinâmicas coletivas, mas também sobre aspetos individuais dos adversários. Uma má colocação dos pés, dificuldades a rodar o corpo, receções a fechar o campo…uma infinidade de pormenores individuais que fazem a diferença nos dias de hoje e que alimentam o trabalho das equipas técnicas. A importância da análise individual tenderá a crescer com a evolução da análise como reforçou Petit no final do jogo de ontem contra o Sporting.
“São estes pormenores que temos de ver e analisar porque cada vez está mais difícil ganhar jogos. Os treinadores conhecem-se, os jogadores também… É fundamental os jogadores conhecerem os jogadores que vão encontrar no frente a frente e não chegarem aos jogos e serem surpreendidos.”
Petit, Flash Interview vs Sporting CP
No jogo entre o Manchester City e o Norwich, completamente dominado pela equipa de Pep como seria expectável, a forma como o campeão inglês explorou a má colocação dos pés do lateral esquerdo adversário (nem protege espaço interior) e a inteligência de Bernardo expressa como ajudou a contribuir para expor as debilidades do lateral do Norwich (arrastando adversários e libertando espaço para a bola entrar nas costas do lateral) foram decisivas para a vitória do City, sendo três dos golos dos ‘cityzens’ (e outras tantas oportunidades criadas) a serem criados a explorar a deficiente colocação dos pés desse mesmo lateral, algo que, muito possivelmente foi identificado pela equipa técnica do treinador espanhol. A colocação de Gabriel Jesus a extremo-direito poderá estar relacionada com isto mas também há uma dinâmica padronizada no jogo do City: Passe Atrasado – Ataques à profundidade! Hoje, o sucesso está nos pequenos detalhes (estratégicos) e mais do que analisar o adversário coletivamente, importa também conhecer todos os jogadores ao detalhe para maximizar as probabilidades de sucesso.
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