![IMG_7367](https://i0.wp.com/www.lateralesquerdo.com/wp-content/uploads/2021/10/IMG_7367.png?resize=678%2C381&ssl=1)
Frenético mas pensado. Assim entrou o Benfica na Amoreira. Construção de grande qualidade nos pés de Vertonghen à esquerda e Lucas Veríssimo à direita, os centrais encarnados não apenas não tremem na pressão adversária, como demonstraram uma qualidade assinalável no primeiro passe de ligação ofensiva – Encontrando não apenas os laterais (Radonjic e Grimaldo), mas também os médios e avançados.
O golo inaugural de Lucas Veríssimo trouxe a tranquilidade que permitiu à equipa de Jorge Jesus rubricar 20 minutos iniciais de grande qualidade, mesmo que sem bola, o Estoril tenha conseguido sair da pressão com os constantes apoios frontais dos avançados e combinação com os médios que já recebiam de frente para acelerar.
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Somou vários ataques prometedores que foram sendo desperdiçados na definição final, mas também viu Arthur Gomes descobrir Clóvis para uma perdida importante – estaria eventualmente em posição de “offside”, e foi prometendo na fase inicial mais do que o cumpriria na etapa inaugural.
A qualidade da construção do jogo do Benfica, que beneficia não apenas de centrais diferenciados em posse, mas também da inteligência e da boa escolha das suas rotas ofensivas por parte de Weigl trouxe aproximações ao último terço constantes, mas sempre com um Estoril bem organizado e fechado na sua linha de cinco – Quando perde a posse e transita para organização, o médio vira central.
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Ausente – sem serviço – Yaremchuck e com Darwin com mesmas qualidades e defeitos de sempre – Acelera o jogo criando possibilidades que outros não criariam, mas sempre ansioso na decisão e incapaz de ver para lá do seu centro do jogo, os avançados do Benfica não contribuíram com a mesma qualidade para o jogo encarnado que os homens da rectaguarda e pouca foi a criação da equipa de Jorge Jesus, depois da prometedora entrada.
Não espantou a troca de Yarem por Ramos logo ao intervalo. O avançado português trouxe mais disponibilidade para todos os momentos – Defensivos e Ofensivos – e somou impacto imediato no lance em que combinou com Grimaldo para uma bola que percorreu toda a grande área e que quase chegou a Darwin. Ramos passou pelas diferentes posições do ataque – no apoio a Darwin e como nove mais fixo – e foi sempre diferente para melhor de todos os colegas na posição de homem mais ofensivo.
Diogo Gonçalves e Everton subiram a jogo substituindo os fatigados Darwin e Radonjic, e se o lateral português esteve participativo na ala direita, servindo a zona de finalização por diversas ocasiões, Everton falhou a ter impacto na partida.
A segunda parte decorreu com um Benfica seguro no controlo da partida, mas a desperdiçar na definição final oportunidades para garantir a tranquilidade no resultado – Ramos esteve em todos os lances prometedores.
A entrada de Meité e Pizzi para os instantes finais veio trazer perdas da posse ao jogo encarnado (Pizzi falhou metade dos passes que tentou!), menor qualidade posicional no centro do terreno – responsabilidade de Meité – menos agressividade, e embora nada o fizesse prever o Benfica que até então já deveria ter resolvido a partida, criou condições para um final infeliz.
De canto marcou, de canto sofreu. E hoje dormirá a olhar para cima.
![](https://i0.wp.com/www.lateralesquerdo.com/wp-content/uploads/2021/10/Captura-de-ecrã-2021-10-30-às-15.49.05-650x387.png?resize=650%2C387&ssl=1)
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