Porto autoritário pré champions

Uma primeira parte de alta rotação portista na reação à perda da bola foi, com o passar dos minutos, asfixiando a equipa da feira, que demonstrou desde cedo enormes dificuldades em lidar com a pressão alta portista, fosse sobre os três elementos da sua linha mais recuada, fosse em fase de ligação, por dentro.

Apesar de o 3-0 ao intervalo, que viria a sentenciar a eliminatória, ter trazido dois golos de bola parada, o maior destaque dos primeiros 45 minutos foi, para além da sua excelente reação à perda da posse, ressalta um cada vez maior entendimento em momento de organização defensiva em zona de criação, que não trouxe para o intervalo um resultado ainda mais dilatado devido a alguma ineficácia no último toque.

Para esta evolução em criação muito contribui o posicionamento de Otávio por dentro, a toda a largura, ao qual se juntaram, na meia esquerda, a qualidade técnica e decisional de elementos como Vitinha e Evanilson, que sendo apostas recentes de Sérgio Conceição no onze portista, têm vindo a elevar o patamar de qualidade do jogo ofensivo dos dragões, não obstante o erro individual do internacional jovem português que viria a dar origem ao golo forasteiro.

Numa segunda parte que trouxe um Feirense com outra leveza nas suas cautelas defensivas, devido a um placar irremediavelmente desnivelado, trazendo outra tração ofensiva, que permitiu o aparecimento de um Porto mais vintage, explorando um momento de jogo de mais transições: uma das quais trouxe um penálti que permitiu o momento histórico do primeiro golo de Francisco Conceição pela equipa principal portista. O último ato de uma noite que foi um conto de fadas.

HOMEM DO JOGO

Otávio é o fator S portista. É o elemento que, estando disponível, dele Sérgio Conceição não abdica. É ala, é médio cento, desiquilibra e pausa. É a extensão do treinador em campo. E hoje, abrilhantou o seu jogar com um bis. Uma raridade.

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