Um Amor(im) que não se paga

Só depois de campeão e já na penúltima jornada da Liga da temporada passada, o Sporting perdeu. Na presente temporada já leva catorze jogos (quase uma volta inteira) de invencibilidade. Rúben trouxe um Amor(im) impagável para Alvalade, e na temporada actual, o Sporting tem ainda mais qualidade.

A qualidade tática e Organização mantêm-se intacta, mas hoje há muito mais talento na frente ofensiva. O que joga Sarabia daria um romance.

O Boavista começou por surpreender Alvalade com a sua postura. Alto e pressionante sobre a construção leonina, encaixando o seu 5x2x3 no 3x4x3 leonino em fase ofensiva. Foram quinze minutos com marca Petit. Um treinador que tem sempre feito sofrer o Sporting pela qualidade dos seus planos de jogo.

Depois de encaixe tático, a mobilidade do trio da frente – Nuno Santos, Sarabia e Pote – passou a ser o mote para a criação leonina. A forma como combina os seus movimentos – Pote e Nuno Santos sempre muito agressivos nos movimentos de ruptura à procura de receber nas costas, enquanto Sarabia com mais movimentos de aproximação trazia defensores do Boavista, gerando espaços para a entrada dos colegas. Não foi uma primeira parte fantástica, mas, ainda assim em crescendo e que terminou com um golo invalidado a Porro, depois de uma incursão pelo corredor esquerdo.

Como tantas outras vezes, a obra completa de Amorim tem soluções para os diferentes tipos de ataque, e mesmo quando não tem bola, é o Sporting que prepara condições para chegar ao golo. Sem surpresa, por tantas vezes o repetir, duas recuperações da posse, duas transições ofensivas guiadas em contra ataques velozes ainda bem cedo na etapa complementar serviram para abrir activo e consolidar vitória. Nuno Santos marcou e assistiu. Pote assistiu Nuno Santos e rubricou o passe que desbloqueou o lance do primeiro golo – A assistência foi de Nuno Santos para Sarabia. O trio ofensivo leonino não confundiu apenas a última linha axadrezada, mas definiu com tremenda qualidade, e apenas Pote ficou em branco, mesmo que tenha tido oportunidade de atirar para uma baliza vazia, depois de Sarabia desviar a bola do guardião.

Amorim não tem nos dias de hoje apenas a melhor organização e melhor defesa da Liga. Tem também um trio de atacantes entre linhas adversárias incríveis na definição dos lances ofensivos, e uma chegada por fora – De Porro ou de Esgaio – como nenhuma outra equipa na Liga.

A viagem leonina está difícil de prever, porque a concorrência é forte, mas hoje mesmo quando como contra o Boavista joga a meio gaz, é possível perceber que este Sporting é uma equipa absolutamente tremenda.


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