
Se o Porto passou por sérias dificuldades na Amoreira, ter um jogador do calibre e com o rendimento atual de Luis Díaz torna tudo possível. O colombiano é neste momento o melhor jogador do campeonato português, apresentando um nível e um manancial de recursos técnicos, táticos e físicos na posição de extremo que o colocam num nível à parte do nosso campeonato e não surpreende de todo que o Liverpool queira garantir o seu concurso para suprir a falta que Mané e Salah vão fazer durante as próximas semanas.
Decisivo nos três golos que permitiram a remontada aos Dragões, Luis Díaz voltou a demonstrar que conjuga as características que parecem saídas diretamente do futebol de rua (super imprevisível nas ações de finta/drible/simulação, com uma agilidade e “ginga” que lhe permitem desmontar qualquer adversário em espaços curtos) a um conhecimento do jogo crescente (cada vez mais sagaz nas tomadas de decisão sem bola no sentido de entender os espaços para receber no pé ou ir em rotura; na tomada de decisão entre acelerar e pausar) e uns atributos físicos igualmente fora do formal (grande capacidade de aceleração que depois é potenciada pela passada larga que consegue imprimir na condução) que lhe permitem alimentar o jogo ofensivo do Porto seja na criação ou finalização (cada vez tem mais números).
Se para os adversários dos Dragões tem sido um quebra-cabeças (já é quase suicídio deixar alas e laterais saltar nele sem uma cobertura próxima), para nós tem sido um regalo.

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