CAN, Camarões 2021

Começa neste Domingo (9 de Janeiro de 2022) o Campeonato Africano das Nações (CAN), nos Camarões, com jogos divididos por 5 cidades (Yaoundé, Douala, Bafoussam, Garoua e Limbé), onde 24 seleções irão tentar conquistar o mais desejado título africano de seleções, tendo sido conquistado em 2019 pela Argélia que parte com a difícil missão de o manter no seu país.

Até ao dia 6 de Fevereiro, várias seleções correm em busca do apogeu do futebol africano, no que a seleções diz respeito, com timoneiros portugueses a comandar algumas das equipas candidatas. Carlos Queiroz (Egito) e António Conceição (Camarões), na minha opinião, são dois dos candidatos ao título, juntando-se ainda Marrocos e Tunísia à já referida Argélia. Sem nunca descorar a força e a qualidade da Nigéria, da Costa do Marfim e do Senegal. Esta competição conta ainda com alguns estreantes, como são os casos da Gâmbia e Comores.

A competição é dividida em 6 grupos de 4 equipas, onde passam os 2 melhores classificados de cada grupo e ainda os 4 melhores terceiros classificados. Após a fase de grupos, teremos os oitavos de final, depois os quartos de final, as meias-finais e terminamos com a final. Cada equipa conta com 28 jogadores inscritos para o decorrer da competição, dos quais 23 poderão estar presentes na ficha de jogo.

Além dos treinadores portugueses, é um torneio que reúne pelas diversas seleções, vários jogadores conhecidos por quem acompanha as competições portuguesas, jogadores que atuam em Portugal ou que por cá passaram e prosseguiram as suas carreiras fora daqui, sendo Cabo Verde e Guiné-Bissau as seleções com mais nomes familiares presentes. A essa atração juntamos a presença de grandes jogadores de nível internacional como são o caso de Mohamed Salah e Sadio Mané (Liverpool), Riyad Mahrez (Manchester City), Aubameyang (Arsenal), entre muitos outros que poderemos ir acompanhando e mencionando oportunamente ao longo da competição.

Temos sensivelmente um mês de futebol atrativo para assistir, são cerca de 52 jogos, em 6 estádios diferentes, com um encanto distinto daquele a que o futebol europeu nos habituou. Com a novidade da implementação do VAR em todos os jogos da competição. Relativamente à lotação dos estádios, a CAF determinou que o país anfitrião (Camarões) poderá ter nos seus jogos o estádio com 80% da lotação enquanto que as restantes partidas terão apenas 60%. As particularidades do jogador africano, encantam-me pela postura diferenciada, pelos destaques individuais, sendo que as equipas que conseguem ser um pouco mais organizadas, conseguem geralmente atingir patamares de rendimento superiores.

Egito: 25 participações, 7 vezes Campeões (1957, 1959, 1986, 1998, 2006, 2008, 2010), orientados por Carlos Queiroz (Portugal)

Costa do Marfim: 24 participações, 2 vezes Campeões (1992, 2015), orientados por Patrice Beaumelle (França)

Gana: 23 participações, 4 vezes Campeões (1963, 1965, 1978, 1982), orientados por Milovan Rajevac (Sérvia)

Camarões: 20 participações, 5 vezes Campeões (1984, 1988, 2000, 2002, 2017), orientados por António Conceição (Portugal)

Tunísia: 20 participações, 1 vez Campeão (2004), orientados por Mondher Kebaier (Tunísia)

Argélia: 19 participações, 2 vezes Campeões (1990, 2019), orientados por Djamel Belmadi (Argélia)

Nigéria: 19 participações, 3 vezes Campeões (1980, 1994, 2013), orientados por Augustine Eguavoen (Nigéria)

Marrocos: 18 participações, 1 vez Campeões (1976), orientados por Vahid Halilhodzic (Bósnia-Herzegovina)

Senegal: 16 participações, 2 vezes Vice-Campeões (2002, 2019), orientados por Aliou Cissé (Senegal)

Guiné Conacri: 13 participações, 1 vez Vice-Campeões (1976), orientados por Kaba Diawara (Guiné Conacri)

Burquina-Faso: 12 participações, 1 vez Vice-Campeões (2013), orientados por Kamou Malo (Burquina-Faso)

Mali: 12 participações, 1 vez Vice-Campeões (1972), orientados por Mohamed Magassouba (Mali)

Etiópia: 11 participações, 1 vez Campeão (1962), orientados por Wubetu Abate (Etiópia)

Sudão: 9 participações, 1 vez Campeões (1970), orientados por Burhan Tia (Sudão)

Gabão: 8 participações, 2 vezes nos Quartos de final (1996, 2012), orientados por Patrice Neveu (França)

Zimbabwe: 5 participações, Fase de Grupos (2004, 2006, 2017, 2019), orientados por Norman Mapeza (Zimbabwe)

Cabo Verde: 3 participações, 1 vez nos Quartos de Final (2013), orientados por Pedro Brito (Cabo Verde)

Guiné-Bissau: 3 participações, Fase de Grupos (2017, 2019), orientados por Baciro Candé (Guiné-Bissau)

Guiné-Equatorial: 3 participações, 1 vez no 4º Lugar (2015), orientados por Juan Micha Obiang (Guiné-Equatorial)

Malawi: 3 participações, Fase de Grupos (1984, 2010), orientados por Mario Marinica (Roménia)

Serra Leoa: 3 participações, Fase de Grupos (1994, 1996), orientados por John Keister (Serra Leoa)

Mauritânia: 2 participações, Fase de Grupos (2019), orientados por Didier Gomes da Rosa (França)

Comores: 1 participação, orientados por Amir Abdou (Comores)

Gâmbia: 1 participação, orientados por Tom Saintfiet (Bélgica)

Tenho uma grande expectativa perante Camarões e Egipto, fundamentalmente por conhecer o trabalho dos treinadores portugueses, mas sobretudo, por acreditar que o maior campeão africano (até à data) irá conquistar o seu 8º CAN, sendo ele, o Egito de Carlos Queiroz.

Iremos ver repetida a proeza conseguida pelo Egito em Angola (2010)? Qual é o vosso favorito?

Sobre Zidane 33 artigos
André Azevedo. Treinador de Futebol (UEFA B). Licenciado em Educação Física. Mestre em Ciências do Desporto (Especialização em Alto Rendimento). Experiência como Treinador-Adjunto e Principal de escalões de Formação, assim como Analista, Preparador Físico e Treinador-Adjunto no Futebol Sénior em contextos como CD Tondela, FC Paços de Ferreira e Seleção Nacional de Moçambique, respectivamente.

3 Comentários

    • Sem dúvida alguma, com um Treinador muito experiente não só em clubes, mas sobretudo em seleções africanas, com algumas presenças em fases finais do CAN. Isso aliado aos bons jogadores que Marrocos tem, pode torná-los num dos grandes favoritos à vitória! Excelente palpite!

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