Vitória do FC Porto na Amoreira – Curtas

Apesar do maior domínio em posse, territorial e a nível das oportunidades criadas do Porto, foi um jogo equilibrado. 1ª parte onde o Porto apenas conseguiu criar após recuperações altas onde o Estoril teve várias perdas e onde sofre 2 golos nas poucas saídas que permitiu. A maior agressividade com e sem bola azul e branca na segunda parte e a mais jogadores a jogar entre linhas empurrou o adversário para trás e aumentou o número de situações de finalização (que não ocorrer só em transição como no primeiro tempo), no entanto partiu por vezes a equipa permitindo alguns contextos de criação favoráveis ao Estoril.

Estoril a atacar no seu habitual 433 com dupla largura nos corredores laterais. Muitos erros na construção, algo pouco comum na equipa da linha. André Franco, Arthur e Chiquinho sempre perigosos a conduzir com espaço para definir e/ou desequilibrar individualmente. Bloco médio/baixo em 541, com Gamboa a baixar na linha defensiva, retirou espaço ao Porto entre linhas e na profundidade, apesar de ter sido uma equipa pouco pressionante. Destaque para Vital que cumpriu coletivamente e resolveu várias situações a nível individual.

Luis Diaz a ser mais uma vez a grande figura da equipa e do encontro. Grande variabilidade de movimentos que lhe permite receber no pé e no espaço, por fora e por dentro, com e sem pressão. Facilidade incrível para desequilibrar individualmente e este ano está a juntar a toda esta capacidade que sempre teve um regularidade exibicional de salientar e números (golos e assistências) que o catapultam para outro nível.

Bastantes dificuldades do Porto para penetrar o bloco baixo e compacto do Estoril, principalmente na primeira parte. Na construção Mbemba, Fábio e Uribe não são alimentadores de excelência de zonas de criação e na criação Evanilson é claramente mais forte com espaço, Taremi apesar de se conseguir associar não é um criativo e Luis Diaz apesar da multiplicidade de movimentos tem mais qualidade a receber fora ou na profundidade. Melhorou na segunda parte quando aumentou a velocidade e agressividade do seu jogo ofensivo, conseguindo criar mais problemas ao Estoril e mais situações de finalização.

Porto é a equipa mais forte do campeonato na pressão. Estrategicamente bem definida, momentos de pressão reconhecidos por todos e para além da muita agressividade de todos os jogadores, bastante efetividade nos duelos em todos os setores. É impressionante a quantidade de duelos ganhos jogo após jogo.


1 Comentário

  1. Um grande jogo do Estoril. Com uma saída em construção a partir do guarda redes no pé, de risco (só com 2 ou 3 jogadores perto do guarda redes e 4 no ataque fixos), que gerou perdas de bolas junto à sua área. Quando conseguiram ultrapassar a primeira fase de pressão do FCP colheram os seus frutos, trazendo o petisco do risco, permitindo ter bola junto à área do porto em situações de igualdade numérica e em certas zonas do ataque até superiodidade numérica , conseguindo 3 golos (um deles mal anulado pelo árbitro onde faria o 3-1 num canto). não é fácil lidar com a pressão sem bola do FCP mas o Estoril trouxe uma estratégia bem pensada e que foi bem sucedida.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*