Muito pouco, Benfica

Um Benfica que manteve o seu 4x4x2 mas com dinâmicas ligeiramente diferentes ou, neste caso, a falta delas. E o jogo é dos jogadores. Sem Éverton os encarnados perderam capacidade de desequilíbrio no 1×1 e sem Ramos perdeu um avançado com o perfil distinto dos companheiros, capaz de ligar o jogo no corredor central, num posicionamento mais “baixo”.

Perante um bloco baixo e uma última linha muito densa da parte do Moreirense, perante as dificuldades em quebrar linhas por dentro, o Benfica viu-se forçado, com o passar dos minutos, a um jogo demasiado lateralizado e de recurso ao cruzamento, sendo ele, a maioria das ocasiões inofensivo. Sempre mais um recurso do que uma solução que fizesse a diferença.

Foi para mudar isso que Veríssimo tirou Seferovic de jogo e colocou Rafa no corredor central, fazendo papel que até hoje havia sido de Gonçalo Ramos.

Entrada de Diogo Gonçalves foi, também ela, uma tentativa de colocar um médio capaz de dar largura e maior capacidade nos duelos individuais 1×1 e qualidade no cruzamento, assumindo Veríssimo a dificuldade latente da sua equipa em jogar por dentro.

O nível médio de qualidade da equipa benfiquista, sobretudo na sua linha mais avançada, baixou muito quando comparado com tempos não muito distantes. E esse perda de qualidade paga-se muito caro em jogos como o de hoje, onde o espaço e as oportunidades de golo são poucos.

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