Entrando agora na fase decisiva para decidir quem estará na fase de acesso à Liga 2, na Série B tem sido a União de Leiria de Bino Maçães a dominar (à data da escrita do artigo leva já 7 pontos de vantagem sobre o 2º classificado) e com um registo de 6 vitórias e 2 empates nos 8 jogos orientados pelo mesmo desde que substituiu Filipe Cândido no comando técnico da União. Para além dos bons resultados, a equipa tem apresentado um futebol agradável mostrando que mesmo no contexto da Liga 3 (mega competitivo, onde a pressão por resultados é imensa para os recursos que se tem por norma) é possível operacionalizar ideias diferenciadas. Nesse sentido, deixamos aqui alguns apontamentos sobre os detalhes ofensivos do modelo em momento de organização ofensiva, que parte de uma estrutura de sistema em 1-3-4-3:
- Construção – a saída apoiada normalmente surge de um posicionamento em 3+2 com os centrais bem largos, os dois médios a moverem-se diagonalmente à frente (dinâmica de 1+1 por vezes) e os alas mais profundos (prontos a responder às solicitações em profundidade por parte dos médios). Alternativa a isto é a subida do central do meio para a posição 6, com uma saída em 2+1 e os médios a aguentarem mais à frente e com os alas a baixar.
- Criação – dinâmica de criação no sentido de criar superioridades no corredor central com a possibilidade de um dos avançados interiores a fazer movimento de apoio para o espaço gerado pela movimentação diagonal dos médios ou movimento de apoio do avançado centro com inversão da frente e os outros dois avançados vão em rotura. Possibilidade também de subdinâmicas no corredor com o avançado interior a abrir na largura e o ala a ir por dentro.
- Finalização – chegada a zonas de finalização com 5 elementos em cima da linha defensiva adversária com os dois alas projetados em simultâneo e o trio da frente posicionado por dentro.
Deixe uma resposta