Há na Segunda Liga um extremo que marca a cada 170 minutos – Correspondente a um golo a menos de dois jogos.
Tiago Gouveia está a ter na presente época a sua afirmação no Futebol Profissional. O extremo traz para o jogo das suas equipas uma incrível facilidade para resolver com golos, os problemas que o jogo apresenta. Desde cedo se percebeu a intuição nos seus movimentos, na forma como sai sempre no timing certo e para o espaço oportuno. Na forma até como sempre foi adivinhando o erro adversário para o aproveitar em benefício próprio – Sim, a bola que intercepta contra o Casa Pia, que o guiaria a mais um lance triunfal, tem sido marca no seu percurso.
Hoje Gouveia é ainda mais do que os golos – E quanto estes valem e importam! – É não ter erros, mesmo assumindo iniciativa ofensiva. É receber cada variação de jogo com uma qualidade tremenda e sair para o 1×1 com a explosividade que o tornam imparável. Não há em todo o futebol profissional do Benfica outro extremo com tamanha objectividade e capacidade para resolver um jogo desde que servido, e o futuro não pode esperar.
Até que ponto com a “época perdida” faria sentido apostar nos jovens que estão a ter destaque na equipa B para a equipa principal para o que falta no campeonato? Jogando com “menos pressão” de ter de ganhar um título?