Os sistemas com três centrais, ou a dinâmica tão adoptada com saídas a três mais recuados desde a construção, como forma de ter mais pontos de saída para ligar os corredores, acabaram por ganhar ainda maior preponderância em função do regresso do 442 clássico.
Ter desde logo três elementos mais baixos garante superioridade numérica na saída de bola, e permite se houver paciência para circular mesmo que por trás, escolher um elemento com saída em progressão, já depois de eliminados os dois avançados, que chama a si um jogador de outra linha, começando desde logo a desequilibrar a estrutura adversária.
Na primeira mão na Suécia, a opção do Sporting de Braga por ter sempre os alas a saírem ao central direito ou esquerdo do AIK, libertava sempre gente da equipa sueca nos corredores, e permitia ao AIK chegar ao último terço com regularidade. Aqui.
Na pedreira a opção relativa ao pressing foi um pouco mais cuidada, ainda assim, a passar pelas dificuldades que um 442 sempre sente no condicionar da saída a três do adversário.
Nos dias de hoje, condicionar as saídas a três quando se parte de um 442 é uma das opções que mais fazem pensar os treinadores.
No jogo da segunda mão, uma referência para saída para pressionar de Wilson Eduardo, mas sem garantias de que pudesse ser realmente eficaz. Quando bola entrava no central do meio, o ala esquerdo bracarense saltava na pressão. Porém, se bola não entrava no central do seu lado, destapava-se a equipa bracarense e com paciência, o AIK continuava a conseguir sair e explorar os espaços que se abriam.
Não mudar a identidade geral (442) e ter de se adaptar aos novos sistemas com três centrais, quando os adversários têm paciência e tomam boas decisões a sair a jogar, é hoje uma das dificuldades maiores quando se pensa na forma de contrariar a primeira fase adversária.
Mais fácil idealizar o pressing na construção adversária partindo de um sistema base diferente, como o fez o Napoli na Luz:
ou o Futebol Benfica, futebol feminino, na última edição da Liga dos Campeões feminina.
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