Há uma série de frases feitas no futebol, que obviamente não têm sentido algum. No jogo a única coisa que é fixa são as regras, tudo o mais é passível de ser melhor ou pior em função do contexto próprio da situação de jogo, e dos elementos que intervém na mesma.
Quantas vezes pelos campos de futebol não se ouve um “para o meio não!”?
Curiosamente, sair pelo corredor central, havendo espaço para tal, é a melhor opção! Porque daí não há o “encurralamento” das linhas laterais, e a jogada pode seguir por qualquer outro lado. Bola dentro, obriga adversários a juntar para poderem defender. Se não juntam, mais fácil chegar à baliza adversária, se juntam, ganha-se espaço para ir por fora.
Para o meio, sim!
Também defender bem exige cada vez mais uma série de boas decisões. Quando sair e como sair!
Sair sem garantir que se impede o enquadramento do adversário, ou pelo menos que se consegue apertar portador, poderá trazer sempre perigo para a própria baliza. Afinal, há um desposicionamento e não se condicionou quem vai tomar decisões!
Em Genoa, a Juve chega finalmente à vantagem num lance pleno de paciência e inteligência. Gente entre linhas, e toque e devolução para chamar adversários e desmontar uma linha que tantas vezes se formava a cinco. Do toque, dos apoios frontais dos alas, e do posicionamento a pedir no pé, chamou a Juve os defesas do Genoa ao espaço onde os pretendia, para depois colocar o último passe numa linha defensiva já em ruínas.
São muitos anos e anos e anos a ouvir estas parvoíces por todo o lado… Eu só aprendi aqui no LE. Se reparares, as ideias que o comentador de serviço da tv repete durante um jogo, são as ideias que vais ouvir na rua, por todo o lado, no dia a seguir. E durante muito tempo os próprios treinadores não ajudavam a ensinar, seja porque se falava pouco destas coisas, seja porque também tinham as mesmas ideias.