E lá vai seguindo Jesus na sua loucura de partir a equipa em dois. Cinco defendem, quatro atacam, um (Witsel) tenta fazer de tudo. A incapacidade para controlar defensivamente o corredor central é assustadora, de todas as vezes em que o treinador do Benfica opta por um sistema táctico totalmente desadequado (dois alas tão distantes e por isso incapazes de fechar o corredor central, e dois avançados).
Defender com tão pouca gente um espaço tão grande torna jogos previsivelmente fáceis em autênticas lotarias. Com tanta qualidade individual, por vezes fica a sensação que só a teimosia do seu treinador poderá levar a mau porto tal aventura.
A imagem é apenas um dos inúmeros momentos em que o SL Benfica defendeu em inferioridade ou igualdade numérica. Ou mesmo que em superioridade, foram demasiadas as vezes em que estavam somente quatro, máximo cinco jogadores a controlar metade do campo.
É atroz a incapacidade de quase todas as equipas / jogadores da Liga portuguesa para decidir bem, e definir com assertividade as jogadas que beneficiam. Só pode estar a trabalhar-se mal na formação. É quase inconcebível ver o Benfica não sofrer golos num jogo em que concede tanta facilidade no seu meio campo defensivo.
P.S. – Mérito a Jesus num pormaior. A sua equipa é em termos posicionais das melhores da Europa, quando tem de reagir a situações em que fica com apenas quatro ou cinco jogadores atrás da linha da bola (Com Javi, incrivelmente melhor que com Matic na ocupação dos espaços). Contudo, numa Liga qualitativamente superior, passar tanto tempo com tão poucos jogadores atrás da linha da bola, traria dissabores em catadupa ao treinador do SL Benfica.
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