A estratégia de Bruno Lage foi clara – Percebeu que no nível Champions não dá para não ter elementos na linha média incapazes de defender com competência a cada instante, e depois de dois jogos em que esse linha não impediu os adversários de invadirem as zonas de criação, optou por quatro elemento de grandes traços defensivos.
O regresso da dupla Gabriel – Florentino foi uma benção – A quantidade de duelos que vencem e bolas que recuperam são desde logo um suporte para a saída em ataque rápido – método onde o Benfica é especialmente mais forte no processo ofensivo. A opção por Cervi e Gedson, não pode ser dissociada da capacidade de ambos em fecharem o corredor, serem agressivos e trazerem maior percentagem de recuperações comparativamente aos habituais Pizzi e Rafa. Não só estão e fecham o espaço como ainda garantem os roubos da posse.
Foi portanto um Benfica sobretudo pensado para elevar o nível da sua organização defensiva, e com isso garantir também mais contra ataques – E por isso, Rafa Silva na posição de avançado – Aquele que recebia em apoio na transição ofensiva para então acelerar em condução desorganizando defensiva adversária.
A primeira vintena de minutos foi o período mais do Benfica na Competição, mas a lesão de Rafa trouxe de volta os velhos problemas – Gedson sem capacidade para dar a qualidade de condução e definição do colega no espaço de segundo avançado – Apenas manteve a velocidade de deslocamento, mas sempre sem desequilibrar, ou sequer pensar o jogo ofensivo, e Pizzi no seu nível habitual Champions – Mau! Perdas, más recepções, incapacidade de fazer sequer a bola chegar a zonas mais ofensivas.
Sem sair em Transição Ofensiva, e mesmo impedindo o Lyon de ser perigoso, o Benfica passou demasiado tempos em bola, e sem ameaçar a equipa adversária – Quando assim o é, a equipa expõe-se mais facilmente a um contratempo – Porque controlar o jogo é diferente de controlar o resultado, quando este é tão curto.
Depois de boas ideias, boa estratégia e entrada forte, a lesão de Rafa foi pena demasiado dura para uma equipa onde não abundam soluções com capacidade para rendimento imediato.
A vitória surgiu num lance fortuíto, e embora relance o Benfica no grupo, a certeza de que a tarefa de ir fazer pontos fora de casa será tremendamente difícil.
Ca esta um exemplo onde ter Zivkovic no banco teria sido importante. No papel de segundo avancado alem de rapido na deslocaco tem a capacidade tecnica para definir que o Gedson nao tem… incompreensivelmente um jogador com essa qualidade parece que nao faz parte do plantel. Depois de reabilitar Taraarbt o minimo que se pedia a Lage era que pegasse em Zivko.
Zivkovic tem 3 golos marcados pelo Benfica em 3 épocas. Segundo avançado?
Uma pergunta para vocês: Não será Pizzi o segundo avançado que o Benfica precisa? Tem golo, tem ultimo passe e no corredor a defender é nulo mas no meio e mais avançado no terreno pode fazer a diferença em grande parte dos jogos. Abraço
José Silva
Percebo o que queres dizer, mas o Pizzi defensivamente deixa muito a desejar, e jogar como segundo avançado exige muito trabalho defensivo na ocupação dos espaços.. Em termos ofensivos, também nao consigo ver o Pizzi a jogar de costas para a baliza quando necessário, apesar de ele de facto ter golo.
Penso que o melhor jogador do Benfica para essa posição será chiquinho, mas infelizmente esta lesionado.
Isto tudo, na minha opinião obviamente.
Abraço
Jota…
Sim para mim com Chiquinho recuperado esse é o jogador que o Benfica precisa para jogar entre linhas e vai dar uma variabilidade grande ao ataque a trocar de posição com Rafa e Pizzi, a jogar entre linhas ou no corredor. O Benfica precisa urgente de encontrar um jogador que ligue o meio campo com o ataque. Pedro Robalo o Jota já teve varias oportunidades como segundo avançado e todas desastrosas, penso que o Jota se vai afirmar na posição dele a extremo esquerdo.
Nesta estratégia a melhor opção para o lugar do lesionado Rafa não seria o Jota, que estava sentado na bancada?
O mister ganha o jogo quando muda o Pizzi de lado. São dois lances que não tinham aparecido até aí, com essa alteração.
Concordo com o Luís. Não entendo o porquê de o Zivkovic não calça. Se for por falta de jogo, a taça teria sido uma excelente oportunidade para lhe dar minutos.
Sobre o jogo. Independentemente do onze, na primeira parte percebeu-se bem que o Lage pediu uma outra forma de gerir a largura e profundidade, com e sem bola e nas reações à perda e ao ganho, algo de que me queixo há muito como por explo ver agora finalmente as linhas mais juntas sem bola.
Já demonstrou maior capacidade adaptativa mas falta mais e cuja justificação não está apenas nas características dos jogadores disponíveis.
Na segunda parte o Lyon procurou criar variações entre ataque posicional e ataque rápido e meteu jogadores para isso e foi conseguindo abrir e desequilibrar o Benfica a quem falta, a meu ver e apenas nos jogos deste perfil, demonstrar sinais de ter como estratégia a procura de procurar forçar o adversário a progredir junto à linha.
Trabalhar estes aspetos com os jogadores que há.
O Benfica não tem rotação para a champions, ponto. Apesar disso conseguiu o melhor jogo da época na Champions. Continuamos com uma taxa de acerto fraquissima… E neste modelo continuamos a suspirar pelo Félix, ter o Gedson numa parte do jogo a fazer esse papel é no mínimo cómico. A meu ver a solução passaria por ter o melhor meio campo (tino mais Gabriel e quando este não pode teria que ser Adel) e colocar Adel ou chiquinho quando recuperar a segundo avançado e colocar o Adel na meia direita. Mas isto sou eu que sou treinador de sofá ?
Hoje tenho de discordar bastante dest post. É certo que o golo cedo mudou as coisas. De seguida ainda se conseguiu baralhar um pouco o fraco lyon. Mas tudo o resto é mau. Apenas concordo com a frase de que “controlar o jogo não é a mesma coisa que controlar o resultado”. O benfica só voltou desde os 10m que o benfica só voltou a dar graças de si depois da entrada do vinicius… Acho que o benfica precisa de segurar bola no meio campo adversario, coisa que nunca aconteceu, e fez lembrar os tempos do r.vitoria (passe para o lado, para traz e chuta na frente sem sentido). O gedson, a posição para ele é esta (medio interior), pois compensa a defender e estica rapidamente em velocidade, comendo muitos metros (ramires). Acho que em vez de ter entrado o pizzi deveria ter entrado o tarabat.. O gabriel foi o melhor jogador do benfica e o GR mostrou muita intranquilidade (coisa que ainda não vi referido).
Concordo com as questões que têm sido colocadas. Zivkovic foi, noutras épocas, um jogador muito capaz e com capacidade defensiva assinalável. O que se passa com o jogador, que não joga nem foi colocado para ser transferido? Outra questão é o Jota. Eu percebo que seja juventude a mais, e achei interessante uma questão do programa do Canal 11 que vi ontem, onde se afirmava que o Ajax fazia muito com jogadores jovens, mas tinha uma complementaridade em dois ou três jogadores mais velhos que “blindavam” o resto da equipa. O Benfica tinha isso com o Luisão, que perdeu, e com o Jonas, que também perdeu, e com um André Almeida, que, embora seja um jogador mediano, é de uma importância grande na equipa. Fazem falta um ou dois trintões experientes na equipa, não acham?
E o Seferovic?? Ninguém fala no Seferovic? É inenarrável! Quando se criam tão poucas oportunidades para marcar golo, ter na frente o seferovic é ridiculo.
Algumas dessas oportunidades são criadas até pela forma de jogar do Seferovic, o problema é que depois tem dificuldade em “levar a carta a Garcia”.
Só vi desde os 30 minutos por isso não apanhei o Rafa em campo.
Como sempre, ou quase sempre, detestei o Gabriel. Um gajo sem noção daquilo que vale e que está constantemente à procura de protagonismo, toma más decisões com bola de minuto a minuto e raramente executa o que pretende. Até num passe curto mete a bola a picar e cheia de efeito, quer mudar de flanco só porque sim (e não porque é isto que o jogo pede), houve lá uma altura na segunda-parte em que o Grimaldo abre os braços para ele a perguntar: “estás mesmo bom da cabeça”? Só o seu trabalho defensivo me agrada minimamente.
Na época passada discutia-se se o Benfica não seria apenas uma equipa de transições. Neste momento nem isto vale a pena debater. Ontem não aconteceu uma única transição em condições e muitas falharam logo no primeiro toque na bola (recepção, passe). Muitos dos passes em transição pareciam decorados, é assim porque lhes pedem para ser assim.
Não entendo como é possível deixar o RDT no banco. Seja qual for o jogo. Basta tocar na bola para se perceber que praticamente não tem rivais neste plantel. Também me parece que não sendo um defensor que trabalha o suficiente. A mesma coisa serve para o C. Vinicius que é em tudo melhor do que o Seferovic. Continuo também sem perceber como um atleta como o Dantas não tem mais espaço neste plantel, é que pelo menos ele sabe o que fazer à bola e não a entrega ao adversário à toa.
Se juntarmos a isto um modelo de jogo com pouco pormenor e um plantel sem claras mais-valias percebe-se que se calhar o Benfica vai terminar mesmo com três pontos. E já vamos felizes.
Quando acaba o estagio do Lage? o estado comparticipa?
A ver se vem um treinador profissional.
O Benfica tem de mudar de sistema, modelo, ou la como quiserem chamar os teóricos da bola.
Com o plantel que tem, deve jogar com o Florentino, o Gabriel na meia esquerda, o Taraabt a 10 com o Jota ao lado, Tipo Rui Costa e Figo. Isto de médios. Os avançados devem ser o Rafa a partir da esquerda, como o Ronaldo, e o RDT ou o Vinicius, aquele que render mais. O Gedson pode jogar no lugar do Jota quando for precisa mais consistência defensiva. O Jota pode jogar no lugar do Rafa quando este não puder. O Pizzi também pode jogar na direita em jogos do campeonato, mas nunca como 3 medio, como 4 medio, mais perto da área.
Nao conheco ningum benfiquista que nao esteja fartinho do Lage ate aos cabelos.
Podiam disponibilizar aquela tabela referente aos outros 2 jogos da Champions. Há dados muito interessantes que gostava de analisar.
Agradeço