Nas asas de Diogo Jota

Obrigatório começar por Diogo Jota. Já era no final da primeira parte o jogador português em destaque, ainda antes de começar a marcar.

Aceleração, Definição e Generosidade. Diogo Jota é o sonho de qualquer treinador do futebol mundial. Tem uma intensidade competitiva do tamanho do mundo, não se coíbe de realizar qualquer pequeno esforço por menos notoriedade que esse possa trazer (chegar mais rápido atrás para ajudar lateral, em vez de apenas “fingir” que veio ajudar), e define com uma categoria tremenda – O timing com que enquadra as suas acções – Quando soltar? para onde? – é que lhe permite aumentar o rendimento. Não há muitos a definir tão bem os lances quando se move à velocidade com que Jota o faz. Teve uma noite tão merecida pelo jogador que é, porque é aquele que facilmente trocava a sua notoriedade pelo bem maior – Vitória comum. Quando a notoriedade sob si recai, é como se fizesse justiça poética.

Notas do Site Sofascore.com

Ainda que rubricando resultado avolumado, Portugal não teve a “energia” de outrora. Foi uma equipa mais desgastada e tal notou-se na pressão insípida e na capacidade de recuperar para fechar os espaços – Assim permitiu que a Suécia tivesse mais chegada ao último terço do que o que seria expectável. Valeu Rui Patrício em um par de ocasiões.

Diferente foi o aproveitamento ofensivo – O imenso talento luso coordenado por um assertivo William Carvalho e Bruno Fernandes, os dois interiores trouxeram um jogo de elevado nível em posse e foram servindo o trio da frente ora em velocidade, ora pausando o jogo quando espaços se fechavam. Senhores de boa decisão marcaram o ritmo da partida e foram potenciadores dos principais lances ofensivos da selecção de Fernando Santos.

O talento voltou a triunfar, e o maior elogio à actual capacidade da selecção portuguesa chega com uma goleada sobre uma valorosa selecção, até numa partida que esteve longe de ser perfeita.

Nota Negativa para João Felix. Alheado do jogo tempo demasiado, a sua própria postura corporal foi dando a sensação de que não estava tão preocupado quanto isso em fazer melhor, e quem sabe não terá sido também essa a razão – a falta de concentração competitiva – que o levou a perder lances onde claramente tem nível para muito mais. Que saiba usar o “choro” à sua volta numa perspectiva de pretender demonstrar o quão errado esse é. Esse desejo foi sempre um dos factores X do sucesso dos grandes jogadores.

2 Comentários

  1. O Jota não tem 1/3 do hype do Félix e pinta muito mais do que ele nesta fase. A diferença de andamento/assertividade é assombrosa.

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