Nunca são fáceis as partidas pós jogo Europeu de nível e desgaste elevado como foi a recepção azul ao Man City. Contudo, a parca qualidade que o Tondela tem mostrado na Liga, sobretudo em forma de grandes dificuldades defensivas faria prever um jogo bem mais tranquilo para o FC Porto. Não foi, de todo.
A Primeira parte aparentou controlada pelo FC Porto, contudo permitiu duas chegadas à sua área que encontraram um Tondela extremamente eficaz, mudando agulhas de um jogo que teve no golo cedo de Zaidu – Saída veloz em Transição pelo corredor direito, encontrou Zaidu depois de um tremendo sprint que lhe permitiu ganhar vantagem espacial sobre adversários, uma expetactiva de facilidade que não se confirmaria.
- Sérgio Conceição trouxe algumas nuances em termos ofensivos para contrariar o 5x3x2 da equipa Beirã. Trouxe Otávio e Uribe para zonas de construção com grande mobilidade à largura dos centrais ou entre centrais, soltou Sérgio Oliveira e, para além de projectar em simultâneo os dois laterais, colocava três avançados entre os três centrais do Tondela com constantes ataques à profundidade:
- Evidentemente que, o facto do Porto colocar muita gente no ultimo terço iria acarretar problemas na sua transição defensiva, uma vez que, deixava somente os dois centrais atrás perante os dois avançados do Tondela e viria a sofrer um dos golos num momento de transição defensiva
Sarr e Mbemba não demonstraram nem a liderança nem o conhecimento do jogo defensivo que Pepe traz para os jogos do FC Porto e tantas vezes a enfrentarem situações de igualdade numérica fez aumentar as dificuldades do Porto para mesmo vencendo, ser seguro – Viu-se em desvantagem e teve em Moussa Marega o homem que virou a partida. Numa bola parada, e a coroar uma jogada de elevado recorte técnico, construída pelo corredor direito, onde Otávio e Oliveira furaram pela zona de criação adentro.
Quando Taremi finalizou a bela jogada individual de Uribe e fez o quarto golo do FC Porto, muito longe estariam os azuis de imaginar que dependeriam de uma bola esbater na barra segundos antes do final do jogo para segurar os três pontos.
Destaques Individuais: Marega, pelos golos; Otávio porque sempre ligado à corrente surgiu mais baixo sobre o corredor direito a iniciar construção, e foi ainda um criador quando pisou terrenos mais altos; Sérgio Oliveira e Uribe pela forma como se complementam – Não são um 6 e outro 8, mas são 6 e 8 em simultâneo dependendo do espaço onde a jogada se desenrola. Foram importantes nas coberturas e no retirar a bola para espaços de progressão, e ainda surgiram na área adversária para definir. A dupla Sarr – Mbemba não demonstrou competência nas suas abordagens defensivas, demorando a perceber que comportamentos adoptar – Sair na bola, baixar, quando baixar, e com isso não foi imponente nem na sua área, nem fora desta.
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