Dormir à sombra do… segundo poste

O Benfica teve mais um resultado negativo, o terceiro consecutivo, e empatou em casa com o Nacional de Luís Freire. Num jogo em que na primeira parte até parecia estar a correr bem para os homens de Jorge Jesus, a equipa sofreu o empate cedo na segunda parte, através de um lance de bola parada. Curiosamente, foi o terceiro golo consecutivo sofrido na sequência de uma bola parada, depois dos dois golos frente aos bracarenses na meia-final da Taça da Liga. Estes três golos tem todos algo em comum, e que merece uma reflexão. Primeiro, é impossível ignorar o contexto. Nestes dois jogos o Benfica atuou com alguns jogadores que não têm jogado tanto devido às inúmeras alterações provocadas por casos de COVID no plantel. Segundo, e aí já num lado mais técnico, todos estes golos ocorreram não no primeiro passe da bola parada, aquele que é mais trabalhado, mas sim na consequência das jogadas, onde é necessário muito trabalho e concentração para manter certos comportamentos e posicionamentos.

Estes três golos acabaram por ser explorados por superioridades criadas pelos adversários na zona do segundo poste, a zona mais difícil de controlar nestas segundas bolas porque requer não só atenção à bola, que está em movimento, mas também coordenação com os colegas a subir/descer a linha e vigiar os adversários que podem aparecer nas costas. Muito mais difícil do que parece, mas que deveria ser muito melhor executado pelos encarnados do que aquilo que tem sido. Deixamos então um vídeo com algumas das semelhanças e pontos fracos do Benfica neste tipo de lances, algo atípico nas equipas de Jorge Jesus:

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Sobre RobertPires 84 artigos
Rodrigo Carvalho. 26 anos, treinador adjunto-analista nos San Diego Loyal, EUA. @rodrigoccc97 no Twitter.

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