O Regresso de Tomás Esteves

o jovem e talentoso lateral de nacionalidade portuguesa tem uma história curiosa. Ainda júnior de primeiro ano, com poucos argumentos (como 99% dos jovens daquela idade) para a realidade do futebol de adultos, viu-se endeusado pelas redes sociais, incapazes de entender a diferença entre o jogo de seniores e jovens. Endeusamento que lhe terá causado mais mossa do que propriamente o terá ajudado – A sua presença no plantel provavelmente tornou-se incómoda, tal era o desnível entre a sua capacidade e o que as tóxicas – para todos os envolvidos no processo – redes sociais pensavam ser a prontidão do talento para um jogo… de grandes e experimentados, que Tomás nunca havia sequer experimentado – Os minutos que foi tendo na equipa B não foram suficientes ou sequer propriamente proveitosos em termos de rendimento.

Talvez também por isso terá Sérgio Conceição abdicado do lateral que rumou até ao Championship, onde aí sim, pôde ainda júnior (de segundo ano) rubricar uma temporada que poderá ser determinante para o seu crescimento, ajudando-o a subir paulatinamente até ao patamar prometido – Equipa A e para ser importante no FC Porto.

Últimos jogos de Tomás no Reading

Ainda júnior já pôde somar 1300 minutos numa Liga competitiva como é o Championship, ao serviço de um Reading que terminou em sétimo lugar, rubricando uma temporada bastante interessante.

No regresso ao FC Porto, Tomás chega para poder competir pelo lugar, e fica a expetativa para perceber se já tem o “andamento” necessário a um jogo de grande risco, como é aquele que Sérgio Conceição impõe aos seus laterais, com a certeza de que um ano e competindo, mesmo que amiúde no Reading terá ajudado no seu processo evolutivo.

Na sua despedida de Inglaterra ficou bem patente aqueles que já eram conhecidos por ser os seus melhores traços. Inteligência muito notória na escolha das rotas ofensivas – Descobre os colegas em espaços prometedores no jogo interior como poucos outros. Tem qualidade na condução – não apenas tecnicamente, mas pela forma como observa o jogo enquanto progride.

Faltará porventura, ainda, alguma desenvoltura para um jogo extremamente exigente dos laterais – Velocidade relacionada com a decisão veloz / mudança de chip do jogo ofensivo para defensivo e vice-versa, mas essa chegará com mais jogo. Porque, o que não se pode ganhar – talento / decisão / velocidade inata – essa Tomás tem.

O importante para que possa chegar onde promete é… competir. Poderá o Porto já lhe dar tal estímulo ao mais alto nível?

Último jogo em Inglaterra:

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