Dragão engalanado e Porto de gala

O 2-0 aos 34 minutos foi o golpe de misericórdia na equipa arouquense, cujo romantismo de jogo, aleado às escassa qualidade individual e pouca agressividade a mantiveram, desde cedo longe da luta pelos pontos neste encontro. Um jogo que não deu goleada porque os dragões falharam muito na última decisão.

O Arouca é uma é uma equipa que gosta de jogar o jogo e sair curto desde atrás mas que, ou por deficientes ações técnicas ou incapacidade de fugir á pressão foi, demasiadas vezes apanhada “aberta” depois de perder a posse em início de construção, algo que originou diversas ocasiões de perigo para a equipa portista. Sem preparar convenientemente a perder e sem matar as jogadas em faltoso, o Arouca foi sofrendo com as sucessivas transições após a perda.

Do lado portista, o mesmo ideário do jogo da semana passada mas, desta feita, com resultados práticos. Com uma linha defensiva menos densa do que o habitual nos tempos recentes, sempre que uma equipa de menor dimensão enfrenta um “grande”, foram muitas as dificuldades arouqueses em controlar a largura, com João Mário e Diaz sempre projetados a provocar a última linha adversária.

Marcano, como se esperava, muito mais defesa do que lateral, a garantir uma construção a 3 e um duplo pivô mais subido para preparar momentos de circulação entre linhas e uma pressão mais subida..

Se o posicionamento de Marcano foi mais estaque e visou o equilíbrio da equipa, os desequilíbrios criados ofensivamente estiveram sempre ligados à sua versatilidade e mobilidade. Otávio ora é ala ou médio e, sempre nas costas da linha média mostra-se aos colegas ou para dar saída em criação ora para acelerar o jogo. Mais uma boa solução, agora ao dispor de Fenando Santos.

Nota para Pêpe Vitinha Fábio Vieira e Francisco Conceição. Juntos, mostram que a linha média portista tem, em toda a linha, uma capacidade criativa sem paralelo em Portugal, Segundas linhas que saíram do banco e mantiveram o nível elevado do jogar portista.

HOMEM DO JOGO

Taremi cria, marca, pressiona e é o primeiro a defender. O Iraniano não é um jogador sedutir, mas é um jogador total. Muito mais completo e capaz no que hoje dá ao jogo do que era quando chegou ao Dragão. Sérgio Conceição deve estar orgulhoso desta obra.

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