Porto de criação em Tondela

Com a expulsão, justíssima, começou outro jogo em Tondela, com a equipa da casa a ser vítima do seu ideário de jogo: a posse e a saída detrás em construção.

Esta circunstância acabou por transportar os tondelenses para um bloco baixo, depois de ter começado o jogo num bloco médio-baixo que, a espaços conseguiu até efetivar uma pressão subida que, no início do jogo condicionou a construção portista. Foi, aliás, assim que os visitados originaram o lance que deu origem ao livre que viria a trazer o inaugurar do marcador.

Com menos um elemento, o Tondela perdeu a capacidade de condicionar a construção dos azuis e brancos e, aí, apareceu o melhor que este Porto tem: a capacidade criativa do seu meio campo.

E ela, ainda se torna mais evidente quando se junta Vitinha a Otávio, que no papel é ala direito mas que em termos práticos é o “10” que cai na direita para combinar, como sucedeu no primeiro golo portista.

E é aí que nasce um Porto mais assimétrico na foema como ataca. Se na direita João Mário (que acabou à esquerda) acelerava no corredor, dando profundidade e largura, ora para se associar ora para assistir, Zaidu do lado oposto só subia no corredor “pela certa”, dando o largura a Diaz, que muitas vezes procurou o 1×1 no corredor. Um Porto que junta chama a pressão à direita, onde junta os seus melhores criadores, para depois colocar o seu maior acelerador em condições favoráveis de fazer a diferença. no lado oposto, após ultrapassada a pressão.

A juntar a estes, Fábio Vieira, que entrou para acrescentar ainda mais classe na zona de decisão portista, assistindo Taremi para o terceiro golo que fechou o jogo. A capacidade criativa da riqueza de opções à disposição de Sérgio Conceição, no meio campo, não tem paralelo na realidade portuguesa.

HOMEM DO JOGO

Taremi é o avançado-modelo para a ideia de jogo de Conceição. Um trabalhador incansável no ataque à profundidade, qualidade à qual junta uma cada vez mais proeminente capacidade goleadora, muito secundada pela maior capacidade para ser melhor servido pelos colegas que o vão rodeando.

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