Exigência Máxima!

Portugal defronta hoje, às 18h – no canal 11 – a poderosíssima Alemanha, na fase de grupos de qualificação para o Campeonanto do Mundo 2023 – Nova Zelândia e Austrália.

Recordar que a Alemanha já ganhou o Campeonato do Mundo por 2 vezes e o Campeonato da Europa por 8 vezes, e Portugal, participou por apenas 1 vez num campeonato da Europa, e está a lutar pela estreia inédita num Campeonato do mundo.

Duas realidades diferentes!

Como joga a Alemanha?

A Alemanha normalmente num 4x3x3 que se apresenta sempre muito dinâmico a nível de movimentações ofensivas, sendo que tem as suas principais protagonista no centro do terreno: Magull (nº20) e Sara Dabritz (nº 13)

Estas duas jogadoras são tão influentes na procura de espaços dentro do bloco defensivo adversários, em espaços curtos, como em movimentações de rutura normalmente entre centrais e laterais que permite a sua equipa ter uma variabilidade de dinâmicas incriveis, pela maneira como estas duas intervenientes se relacionam com o espaço e com a bola.

Nesta imagem, a central está com bola em condução para o corredor esquerdo, e aqui aparece um dos padrões da equipa alemã:

1 – Central conduz para atrair.
2 – Lateral mantém posição para manter a sua marcação na zona perto de onde a bola está.
3 – Há uma movimentação da Extremo do lado da bola de aproximação e para dentro, atraindo a lateral do lado dela e criando o tal espaço que a SARA DABRITZ(nº13) vai aproveitar.

Como vemos ainda nesta imagem (em cima), as movimentações da lateral e da extremo, e o posicionamento das duas médios interiores da Alemanha fazem com que haja a criação de espaço para as mesmas médios aparecerem no espaço e serem tão influentes entre linhas, como vão ser nesta procura da profundidade.

Outra dinâmica que conseguimos observar muitas vezes é esta descrita na imagem a cima: a Médio interior (Sara Dabritz) é obrigada a baixar, depois de perceber que está difícil desmontar a organização defensiva adversária, através da circulação,
1- Sai fora da sua zona de marcação, atraindo ,neste caso, a extremo do lado da bola;
2 – A extremo do lado da bola faz um movimento interior, atraindo e obrigando a lateral a fechar mais dentro para acompanhar a movimentação.
3- Lateral do lado da bola, projeta-se, aproveitando o espaço criado pela movimentação das suas colegas.

Há um constante alerta sobre a linha defensiva adversária, com constantes movimentações de ruturas curtas, e provenientes de várias zonas do terreno, entre avançadas e médios. Tanto no corredor lateral como no corredor central.

A maneira como se dinamiza a Alemanha no corredor lateral é extremamente imprevisível, apesar de serem identificados os padrões, é muito difícil de contrariar! Fisicamente são atletas de alto rendimento, a competir nos melhores campeonatos do mundo, a treinar com as melhores do mundo… Tecnicamente são incríveis, nem sempre no drible, pois não é uma equipa que force muito o 1×1, mas é uma equipa que é coletivamente muito consistente e que tem dinâmicas de ocupação de espaços muito complicadas de contrariar.

Para finalizar, Portugal tem uma tarefa complicadíssima pela frente mas tem também a possibilidade de deixar uma boa imagem da evolução que tem havido nos últimos anos, com a profissionalização das jogadoras e a capacidade de trabalho que cada clube tem desenvolvido para potenciar a jogadora portuguesa.

São estes jogos que os adeptos querem ver.
São estes jogos que as jogadoras querem jogar.

Vamos portugal!

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