Da Holanda espera-se bom futebol e uma eliminação relativamente precoce. Da Itália, futebol pobre, mas resultados. Na África do Sul poderemos ser surpreendidos. A Holanda alia ao tradicional talento uma organização interessante, e a Itália à sua boa organização táctica, não acrescenta talento.
Não será o Mundial da Itália, mas poderá ser o da laranja mecânica. Com tamanha capacidade para criar lances ofensivos, a Holanda poderá sagrar-se campeã. As equipas talentosas, desde que organizadas são capazes de vencer qualquer jogo. Mesmo que a tradição não as favoreça. À Itália nunca faltou organização. Nem talento. O Mundial de 2010 será a excepção. É difícil encontrar criatividade na selecção italiana. Tal deficit será determinante.
O Mundial de 2010 demonstra também a nula evolução das equipas africanas (Costa Marfim não é excepção) na vertente mais decisiva do jogo. A capacidade de decisão. A tomada de decisão. Particularmente no último terço do campo de jogo. As equipas africanas são poderosíssimas na dimensão física do jogo, mas demasiado más na intepretação dos lances. Não raras vezes se vêm os africanos ganhar os duelos individuais sem nunca usar essas situações de forma profícua. Não admira que depois de já terem entrado seis equipas africanas em campo, somente duas tenham marcado. E a Gana de penalty.
As equipas Asiáticas são boas surpresas. Têm evoluído bastante e é possível contar com elas para discutir qualquer jogo. Cuidado Portugal!
Não tendo visto o jogo do Brasil, não parece difícil de adivinhar que vencerão os três jogos sem dificuldade.
A selecção portuguesa foi a tristeza anunciada.
Se há um selecionador em cada um de nós, aqui vão as sugestões do Lateral Esquerdo para os próximos jogos:
– 442 Losango. Permitiria mais apoios, gente mais próxima que beneficiaria a circulação de bola (Com a Costa do Marfim, Liedson esteve sempre bastante longe de todos os colegas. E todos sabemos da sua incapacidade para prender a bola e servir de apoio frontal);
– Danny já deveria rezar a todos os santinhos por estar nos 23. No 11, é ridiculo. Ninguém nega a sua velocidade e amiúde irreverência. Porém a sua terrível capacidade de decisão leva-o a perder quase todas as bolas em que as suas botas tocam;
– Simão atrás dos dois avançados;
– Ronaldo ao lado de Liedson. Caindo nos corredores laterais em situação de contra-ataque. À semelhança de Saviola no SL Benfica. É decisivo que Ronaldo receba a bola no corredor lateral, onde há menor concentração adversária, para partir com ela dominada na direcção do corredor central;
– Deco no banco;
– Amorim de início. Tem valor para ser titular em qualquer lugar. E merece;
– Com mais apoios (meio campo com Mendes, Tiago e Meireles?) maior liberdade para os laterais apoiarem o ataque. Maior circulação de bola, de corredor a corredor.
Deixe uma resposta