Quando se opta por um duplo pivot a meio campo, vezes demais sucede a mesma situação. Apoio frontal do avançado, e dúvida sobre quem deve pegar no avançado adversário. No primeiro golo, o cipriota recebeu a bola entre sectores. O mau posicionamento de Raul Meireles (nunca havia experimentado um duplo pivot. Mas, em Liverpool será assim que terá de jogar)e a passividade e desplicência como primeiramente não reocupou o seu espaço à frente dos centrais, e posteriormente (não) pressionou o portador da bola é também decisiva para o desenrolar de todo o lance.
É um erro técnico difícil de aceitar a um nível tão elevado. Acontece, porém. Não é nestas infelicidades técnicas que se deve procurar punir o atleta, pelo seu desempenho. Se forem uma constante, não jogar é o caminho. Não esquecer no entanto, que este tipo de erros não são apanágio de Meireles.
Tudo começa com a má opção de Raul Meireles. Desistindo de pressionar o portador da bola, obrigou Manuel Fernandes a sair para a contenção, formando-se uma situação de 2x Manuel Fernandes. Batido Fernandes, pela inferioridade numérica portuguesa em tão curto espaço do campo, seria suposto que Meireles estivesse atrás de si, na cobertura defensiva. Porém Raúl voltou a desistir do lance. Tivesse garantido a cobertura defensiva (colocando-se atrás de Manuel), e teria saído rápidamente para a contenção depois de Fernandes ter sido batido, cortando a linha de passe que viria a revelar-se decisiva.
Pare a imagem no oitavo segundo do video, quando a bola chega ao extremo direito do Chipre. Mesmo em organização defensiva, Portugal concede uma situação de 4×4! Inacreditável. Repare no posicionamento dos quatro mais ofensivos do Chipre e confirme quão rápido foi Manuel Fernandes a restabelecer o equilibrio defensivo. Inacreditável, como pode um centrocampista andar a passo, numa situação de 4×4. A má defesa de Eduardo, surge depois. Porque foi consentido, de forma atroz um lance de golo iminente ao adversário.
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