Um excelente passe é muito mais que fazer a bola chegar ao destino. Para além da qualidade do gesto técnico, envolve qualidade na decisão. Bola no pé, ou no espaço? A decisão varia sempre em função da situação de jogo. Demasiadas vezes, que importa chegar ao destino se vem “com picos” e retirará tempo a quem terá de o receber?
O próprio gesto técnico é realizado com maior qualidade por uns que por outros. Independentemente de a bola chegar ao destino ou não. Não são muitos os jogadores capazes de “passar no limite” como o Centro de Jogo referiu, pensando em Carrillo.
Um excelente passe difere de um bom passe, não só pela tomada de decisão, mas muito também pela qualidade do gesto técnico. A velocidade que se imprime na bola, é determinante. Um passe feito no limite, leva por vezes, os defesas a crerem que o podem interceptar, e tantas vezes se desposicionam nessa vã tentativa. São pouquíssimos os capazes de rasgar sectores ou corredores, com um passe veloz mas garantindo que a bola chegue bem redondinha ao colega.
São dezenas os jogadores da Liga portuguesa com imensa qualidade de passe. Há, todavia, três que emergem de todos os outros. Aimar, Bruno César e Belluschi.
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