
A 18 de Agosto de 2011 escrevia-se assim:
“Ronaldo é mais completo. Há o pé esquerdo e o cabeceamento”. É este o argumento mais utilizado de quem ousa afirmar que o português tem mais qualidade que o astro argentino.
Há algo de verdade, ainda assim. Ronaldo é realmente mais completo que Messi. Todavia, apenas num único momento do jogo. Na finalização, e ainda que com muito menos classe na forma como o faz, Cristiano tem de facto mais argumentos que o argentino.
E esgota-se ai a superioridade de Ronaldo. A questão é que para grande infortúnio do português, o jogo é tão mais do que isso.
O golo dá notoriedade, alimenta a discussão e justifica o epíteto de segundo melhor jogador do mundo. Mas, não é tudo. E todo o trabalho que há que ser feito, para que se possa chegar ao momento de rematar à baliza? Ainda que menos notório, será tão pouco importante assim? Não será a assistência, ou o passe que antecede a assistência, ou até o passe que antecede esse mesmo passe, tão decisivos para o sucesso quanto a bola que bateu na rede? Sem todo o trabalho prévio, haveria sequer oportunidade para poder finalizar?
Retire o golo a Ronaldo, e não terá um jogador capaz de ser tão bom quanto outros quinze ou vinte mais talentosos e mais inteligentes que o português.
Agora retire o golo a Messi.
Verdadeiramente impressionante que um mortal consiga quase dividir opiniões sobre quem será o melhor. Por todo o esforço que despendeu e despende ao longo de toda a carreira, o português merece toda a controvérsia que se seguirá na caixa de comentários. Todas as opiniões contrárias serão uma justa homenagem a Ronaldo.
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