
– Diferença entre a óptica do adepto e a do jogador inteligente. “Espero que ele entenda que o futebol é um jogo colectivo e que tem mais companheiros em campo. Deve saber quando passar ou quando fazer uma jogada individual” Lucho sobre Iturbe. As crónicas de Miguel Sousa Tavares, porém fazem sempre recordar-nos de como a generalidade das pessoas vê o jogo. Sem qualquer noção da importância da tomada de decisão. O cronista ainda hoje não percebe porque Iturbe e Atsu não somam mais minutos e não são indispensáveis. Curioso que tende sempre a catalogar como negativas as prestações de Lucho. A incapacidade para perceber o jogo é perfeitamente normal. Desde que se mantenham estas pessoas longe das estruturas dos clubes…;
– Rojas o novo reforço do SL Benfica. Ainda teremos oportunidade de voltar ao paraguaio, quando mais observações ao Sudamericano forem realizadas. A imagem proporcionada nos dois primeiros jogos foi a de um jogador com qualidades individuais interessantes. Boa capacidade de drible e condução daquele que foi provavelmente o jogador mais veloz na passada do Sudamericano. Fica ainda por descobrir o mais importante. Qualidade na decisão e forma como se integra no colectivo;
– Muito tranquila a vitória do SL Benfica na Liga frente a uma das grandes sensações da Liga. A muito boa organização do Paços de Ferreira potencia o aparecimento das suas individualidades. Todos os seus jogadores estão hoje mais valorizados e reconhecidos. Porém a diferença de SL Benfica e FC Porto para todos os outros é abismal. Em Portugal juntas muita qualidade individual (técnica, física e de tomada de decisão) a excelência táctica e torna-se quase impossível competir a semelhante nível. Tacticamente os dois da frente estão ao nível do que melhor se faz por essa Europa fora. Individualmente a supremacia é também evidente;
– Derrota expectável do Sporting na Amoreira. Não há que desvalorizar o trabalho de Marco Silva. Todavia torna-se fácil produzir bom futebol quando o onze é composto por vários jogadores de grande nível para aquela que é a realidade do Estoril Praia. Mais do que um colectivo cheio de qualidades está nas individualidades a explicação para o justo sétimo lugar dos canarinhos;
– Eric Dier tem potencial para se tornar numa grande figura do futebol europeu. É uma pena que não seja português. Qualidade em todos os factores de rendimento. Em dois/três anos, mais habituado à velocidade do jogo do futebol de adultos estará onde quiser estar;
– Gareth Bale com golos de todas as distâncias vai guiando Villas Boas ao sucesso. Com menos cinco anos que Ronaldo, poderá o galês ser um possível sucessor do português? É bem possível que esteja próximo de uma transferência milionária para um grande Europeu. Porque tem muito golo será sempre mais notado que Neymar, quando o brasileiro chegar à Europa;
– Carvalhal uma das pessoas mais competentes que passou pelo Sporting nos últimos anos coloca o dedo na ferida. “É importante para os clubes como o Sporting terem pessoas do futebol nas suas estruturas, ou como presidente ou como assessores. É fundamental. No tempo que lá passei, achei que o Sporting era um Formula 1 que muitas vezes não está a ser conduzido da devida forma”. O pior Sporting (futebolisticamente) de sempre é reflexo da incompetência de quem toma decisões. Perceber de futebol é bastante diferente de pensar que se percebe. Miguel Sousa Tavares se fosse sportinguista seria mais um candidato a construir planteis e escolher treinadores.
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