Dificuldades esperadas pela ausência dos dois jogadores mais capazes nas zonas de criação. E praticamente únicos com capacidade para dar variabilidade ofensiva ao jogo leonino, porque trabalham na ruptura e em apoio. Porque quando simulam receber nas costas baixam linhas adversárias e ganham espaço para receber no pé. Porque conseguem aproveitar desequilíbrios no corredor central para pedir em ruptura.
A ausência de Podence e Gélson já se sabia, poderia trazer o habitual jogo previsível e fácil de anular do Sporting nas zonas de criação. Sobretudo porque teima Jorge Jesus em não usar continuamente Francisco Geraldes, o médio / ala no modelo do treinador do Sporting, capaz de descobrir caminhos quando tudo parece fechado. E já se sabe, com menor criação, menos finalização haverá.
William menos preponderante na ligação ofensiva por dentro. Porque Belenenses fechava com mais um elemento a linha média (1+4), e porque a ausência de quem pudesse com os seus movimentos baixar a linha defensiva azul para ganhar espaço para jogar entre linhas, permitiu sempre conforto aos azuis do restelo no controlo entre sectores. Ainda assim, em pequenos pormenores, a demonstrar que no centro do jogo e na pressão, ser rápido é usar o cérebro para resolver problemas.
E das dificuldades técnicas de Schelotto, no início do golo do Belenenses. O argentino que prima pelas capacidades condicionais, e que tem imensas dificuldades também no perceber das melhores decisões. O lance em que poderia ter decidido diferente, para obter vantagem. Mas, com ele tudo é feito no momento sem pensar no que se passará um segundo mais à frente.
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Foi gritante a falta de jogo interior do Sporting, obrigando o Sporting a jogar pelas alas (veja-se a quantidade de vezes que o William teve de lateralizar ou colocar o passe longo na ala) e terminar esses ataques em cruzamentos inconsequentes. Nesse aspecto quer o Bryan quer o Bruno César foram duas nulidades. Se houve capacidade de ligar o jogo interior, foi mesmo depois da (muito tardia) entrada do Francisco Geraldes. Ou o JJ tem uma teimosia interior que o impede de ver o evidente (Podence, que teve de esperar por uma lesão do Alan Ruiz, e neste caso Geraldes são um grande upgrade a esta equipa) ou pura e simplesmente não sabe mexer no jogo.
Castaignos?! Só se foi para ver se ele tinha uma sorte qualquer e apareciam interessados…
Lembro-me de ver o lance do Geraldes e pensar de imediato: “Aposto que no Lateral Esquerdo vão falar deste lance”. he he he !! É que foi uma grande diferença quando ele entrou, no tipo de decisões que se procurava tomar pelo centro.