Modelo e Estratégia – Miguel Cardoso.

FUTEBOL - Miguel Cardoso jogador do Rio Ave durante o jogo treino com uma selec¿o do concelho que decorreu esta tarde no Est¿dio dos Arcos em Vila do Conde .Sabado 1 de Julho de 2017.PAULO SANTOS/ASF

Quando na temporada passada, o Braga venceu em Alvalade, falei aqui no que é necessário para se vencer a um grande:

  1. Modelo de Jogo. Um modelo bem estruturado. Pensado e que consiga garantir mínimos de qualidade nos posicionamentos em cada momento do jogo;

  2. Estratégia. Adaptações obrigatórias mesmo mantendo o modelo, em função das características totalmente diferentes do jogo. Diferentes porque perante adversários substancialmente melhor apetrechados;

  3. “Sorte” expressa numa eficácia que terá de ser invulgar e bastante superior à do adversário. “Sorte” porque consegui-lo nunca é fácil, e muito menos quando na frente a finalizar estão jogadores com menos capacidade que os outros, que para além de melhores ainda terão mais bolas de “golo”.

 

Vale muito a pena ver e ouvir com muita atenção a conferência de imprensa de Miguel Cardoso, o treinador que eliminou o Benfica da Taça.

Curiosidade – O Miguel Cardoso, que é o treinador do ano em Portugal na presente temporada, é um dos patronos do Lateral Esquerdo. O que muito nos orgulha, naturalmente.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

6 Comentários

  1. Penso que não é o melhor jogo para o elogiar porque o Benfica conseguiu superiorizar-se ao Rio Ave, ao contrário do jogo para o campeonato, por exemplo.

    • o texto não elogia nem critica nada. Fala de Modelo, Estratégia e “um pouco de fortuna”, como forma de se vencer um grande. Tal como o M.Cardoso falou…

    • A única verdade implícita é a de que o Benfica fez um dos jogos melhorzinhos este ano – e a palavra certa é mesmo essa: “melhorzinhos” – o que, em si, seria motivo suficiente para fazer muito boa gente pensar no que se está a passar, pois o treinador também tem culpas no cartório. Mas não se superiorizou. Pode ser verdade para quem ache que o futebol se mede por estatísticas (ainda hoje muito pouco bem explicadas) do Goalpoint. Mas como o Pedro aqui acabou de intonar, existe uma coisinha chamada Estratégia. E, sim, um pouco de sorte – que, como sabemos, protege os audazes. Já agora, rematemos com uma coisa: Estratégia, no futebol, é coisa que não se aprende através de uma suposta adaptação d’A Arte de Guerra para um determinado contexto – por muito que nos queiram convencer disso. Aliás, pessoas de confiança me garantem que isso é motivo aberto de chacota no dito “meio”.

      • Não me venhas dizer que o SlB não se superiorizou porque é mentira. E a estratégia nos momentos finais foi muito alterada derivado do decorrer caótico que o jogo levou. Agora o SlB conseguiu mais bola e isso não fez parte da estratégia do Rio Ave. E a equipa foi bem trabalhada para este jogo. O problema do SlB neste ano é a qualidade dos jogadores, basicamente. De Ederson, Lideloff e Nelsinho tens Varela, Jardel e Meidinha. Fácil.

  2. Quando, há uma semanas, disse que acreditava que Abel não sairia de Braga, era a pensar no conjunto de bons treinadores que os três grandes terão disponíveis. Este é um deles. Pouca experiência? Se calhar, não. Esteve com Domingos em Braga, como preparador físico, em algumas das nossas melhores épocas. Esteve no Shakthar, como responsável pela formação – e até acredito que a ida de Paulo Fonseca para a Ucrânia tenha tido (algum) dedo dele. Aliás, quando vejo o Rio Ave a jogar, revejo as ideias de Paulo Fonseca. O único receio que um grande poderá ter é pelo facto do Miguel Cardoso, na verdade, ter um contexto no Rio Ave bastante diferente do que encontraria num grande (e mesmo num Braga). Mas o modelo de jogo que ele implementou em Vila do Conde é de equipa grande.

    Creio, por isso, que o Miguel Cardoso será uma opção para os grandes que desportivamente não forem bem sucedidos. E há Paulo Fonseca, Marco Silva, o próprio Paulo Sousa – ainda que tenha dúvidas que eles tenham “pressa e vontade” em regressar de imediato ao futebol português.

  3. Só queria acrescentar ao que antes disse que, quando o escrevi, ainda nem sequer sabia que Jorge Mendes é o representante de Miguel Cardoso. Sendo assim, aproveito para reforçar a minha ideia…

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