Os novos número 10 – Ferro

Ao longo da existência do Lateral Esquerdo tenho passado o quão importante é todos os jogadores serem capazes de participar em todos os momentos no jogo. No programa da Rádio Estádio (aqui) abordamos o “desaparecimento” do 10, e a importância de que tais funções (Construir / Criar) sejam entregues a todos os jogadores.

A evolução do jogo bem patente na escassez do espaço para se jogar, tornou numa necessidade a competência ofensiva dos defesas centrais.

Tantas são as vezes em que o primeiro desequilíbrio (tornar a situação numérica e espacial mais vantajosa) tem de surgir dos pés dos defesas, afinal são estes que por norma recebem com mais espaço, comparativamente a todos os outros colegas, tendo portanto a obrigatoriedade de criar melhores condições de chegar ao golo para a sua equipa.

O cada vez mais tradicional passe para entre os sectores adversários, que elimina (deixa à frente da linha da bola) uma série de jogadores oponentes, é portanto decisivo para que depois do passe chegado ao último terço, haja condições para acelerar (porque contra menos adversários).

Em Portugal há dois defesas verdadeiramente diferenciados no seu comportamento ofensivo. De Mathieu temos falado sucessivamente. O outro é Ferro. O central do Benfica em Coimbra demonstrou toda a sua classe em posse, e como é capaz de transformar lances contra os 11 adversários em situações contra apenas 4 ou 5.

Um compêndio:


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O Segredo do 6×4 de Lage (aqui)

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

3 Comentários

  1. Num Benfica menos dependente de individualidades, estes pormenores muitas vezes apenas são notados num vídeo como o apresentado, mas no Sporting o papel de Mathieu é gritante. Quando não joga, é um descalabro. E há pessoas que só notam o ponto de vista defensivo…perde o Sporting todo, é demais! Nasci em 1981 e não me canso de dizer que é o melhor central que vi jogar com a verde e branca vestida. Fora dos grandes que central/is julgam poder ser equiparado(s) em termos de papel desempenhado na organização ofensiva a Mathieu e Ferro?

  2. Tendo o Gabriel facilidade em cair ali do lado esquerdo não faria mais sentido ter o Ferro do lado contrário, é o Rúben dias no lugar do ferro??

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