A estatura alta e a perna longa dão a Trincão uma vantagem importante sobre tantos outros talentosos dribladores e irreverentes como o português. Tem a “ginga” e a habilidade motora dos que escondem a bola por baixo do seu centro de gravidade e ainda lhe junta uma cadência de passada importante para “fugir” quando há espaço e não se pretende que organizações adversárias restabeleçam equilíbrios.
Não é vulgar tamanha habilidade motora em jogadores com tal envergadura, e quando tal acontece a Europa do futebol desde bem cedo segue a evolução de tais prodígios. Em Espanha comparam-o a Cristiano pelas semelhanças físicas e no jogar com o Ronaldo de outrora que apareceu a pisar o relvado de Alvalade. Ser canhoto é apenas mais um factor diferenciador de um miúdo que cresceu para tocar no céu, sempre ao ritmo dos seus estonteantes dribles.
A maravilhosa geração de 99 vai cumprindo o seu destino nos planos de carreira. João Felix chegou ao Atletico, Dalot ao United, Rafael Leão ao AC Milan, Gedson ao Tottenham, e agora Trincão ao Barcelona. Não ficará por aqui o progresso da geração mais dourada dos tempos modernos.
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Robert Pires!