O Sporting esperado

Moreira de Cónegos presenciou a Identidade Rúben Amorim imutável, independentemente das trocas técnicas.

Rúben Amorim trocou Wendel, Quaresma, Nuno Mendes e Camacho por Neto, Battaglia, Acuña e Jovane, mas manteve a mesma estrutura tática.

3x4x3 em Organização na saída em Construção

Até ao momento em que Haliche perde infantilmente a bola e se vê expulso, o Sporting demonstrava dificuldades habituais, agudizadas pela ausência de Wendel, o médio que traz condução para a saída para o ataque e acrescenta imprevisibilidade. Matheus e Battaglia são jogadores de equilíbrios e duelos físicos, muito longe de poderem ajudar ofensivamente quando bloqueados.

Sem conseguir chegar a zonas de criação, porque os seus alas (Jovane e Plata) raramente encontraram os médios (Batta e Matheus) de frente para acelerar o jogo, e sem acertar pressão para aproveitar contra ataques, o jogo foi decorrendo quase sem sensação de que se pudesse desembrulhar que não num erro

Stats ao momento da expulsão

O erro de Haliche é óbvio e inconcebível mas não seria aproveitado por qualquer jogador. A agilidade de Plata faz parecer que vence todas as divididas. Roubou a bola e saiu para a baliza, alterando as agulhas do jogo.

Do banco saíram as entradas de Nuno Mendes, Wendel e Joelson.

Acuña como central pela esquerda acrescentou mais coragem e ambição para sair com bola em condução, apareceu mais perto do último terço e libertou Nuno Mendes em todo o corredor. O jovem é mais ágil e mais veloz. Mais capaz de desequilibrar com bola, mesmo que ainda tenha erro – E que bem esteve o jovem lateral!

Joelson por dentro e Plata por fora, num momento em que as preocupações defensivas eram menores a justificar-se pelos traços de ambos os jogadores. Joelson é mais forte em espaços curtos e tem uma facilidade incrível no momento de finalizar. Plata mais eficaz a receber fora do “tráfego” e com espaço para correr.

Apesar da superioridade numérica que se transformou também numa superioridade na partida e que permitiu encostar o Moreirense à rectaguarda, o Sporting foi permanecendo incapaz de criar que não amiúde. Explorou o corredor esquerdo e daí saíram os lances mais prometedores, que obrigaram a defensiva do Moreirense a estar bem posicionados e a serem eficazes no controlo de cruzamentos, mas ainda assim pouco para o expectável.

É fundamental vencer mesmo para quem está arredado da luta pelos primeiros lugares. Todavia, que as vitórias nunca passem uma sensação errada sobre a qualidade do plantel. Se não se reforçar o Sporting não poderá sequer ser ameaça ao topo da tabela em Portugal. Mesmo que os miúdos cresçam à pressa.

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