
É uma questão que tenho vindo a debater sistematicamente – O número de perdas de bola é absolutamente determinante para um jogo que se quer controlado.
Imagine que é o lateral num modelo (como quase todos os de hoje) que o obriga a fazer 40 metros para a frente para chegar ao seu posicionamento ofensivo, e de cada vez que lá chega há um colega que perde a posse. É hora de fazer mais 40 a acelerar para trás. E isto constantemente.
Ah, mas se perde muito é porque assume o risco.
Não! Se perde muito é porque é incapaz de perceber o custo / beneficio da acção que vai tomar! Não perder a posse de forma sistemática é o que permite: A) Instalar no meio campo ofensivo; B) preparar o momento da perda. Depois de garantidas tais condições, sim – É possível arriscar-se mais nas decisões.
A jornada do Benfica é paradigmática. Não só menos perdas, mas tão importante quanto isso para permitir os dois pontos anteriores (Instalar e Preparar), a duração de cada ataque. O Benfica teve 10 ataques acima dos 45 segundos. E é esse critério em posse (quando não há possibilidade de contra atacar, porque quando há, não pode haver indecisão!), que permitiu não apenas controlar, mas asfixiar o Moreirense!
Na jornada, o Vitória de Guimarães com as mesmas posses (10) acima dos 45”, o Rio Ave com 6 e o FC Porto com 5, foram as equipas que demonstraram maior capacidade para não perder a bola de forma fácil. Naturalmente que a acção dos adversários também importará e muito na execução do plano, mas fica o registo de que as quatro equipas que tiveram maior capacidade de não perder consecutivamente a bola, terminaram a jornada com… 0 golos sofridos!
Já és nosso Patrono? Já somos mais de 400 ❤️?⚽️
Por 1$ mês acesso a conteúdo exclusivo:

Ora, exactamente isto! A capcidade para perceber o custo/benefício é muito importante… quantas e quantas vezes jogadores decidem arriscar e colocar a equipa em contantes transições…