Foi ainda mais complicado do que se previa, a vitória do FC Porto na Champions. Sem praticamente ter sido capaz de construir um único lance com cabeça – tronco – membros, que é como quem diz: levar a bola da construção até às zonas de criação e daí chegar até à finalização, ao longo dos noventa minutos, a matriz Sérgio Conceição / Marega ficou bem patente no golo inaugural da partida.
O pressing agressivo marca do seu treinador e tão bem executado por Marega que tapou linha de passe que poderia permitir variação do jogo na saída do Olympiakos, valeria o erro (ainda assim pouco forçado) que abriria o marcador no Dragão.
Menos bola e menos finalizações ao longo da partida é uma marca pouco habitual para o FC Porto em jogos no Dragão, e não se pode sequer afiançar que controlou o jogo a preceito, mesmo que não tenha passado por demasiados calafrios – mas também teve de sofrer.
A pressão que valeu o primeiro golo, foi na verdade menos eficiente em situações de pós perda, ou quando se ativavam indicadores. Sem conseguir sair de forma conjunta para recuperar a posse, os azuis de Conceição foram baixando até ao meio campo defensivo, e procuraram controlar o jogo sem bola, num 4x1x4x1, que ainda assim deixava o extremo do lado oposto mais projectado esperando uma possível transição que não aconteceu.
Experimentou novos posicionamentos na saída para o ataque, com um meio campo a formar-se em losango, ficando Sérgio à frente de Uribe, e Fábio Vieira e Otávio nos vértices mais próximos dos corredores laterais, enquanto Zaidu e Manafá se viam encarregues de dar profundidade ao corredor, mas os intentos ofensivos do FC Porto nunca passaram disso.
Sem convencer, mesmo depois da entrada de Evanilson que deslocou Marega para o corredor direito, o FC Porto haveria de selar o resultado precisamente com uma entrada de Marega a receber na profundidade sobre a direita de onde cruzou para o golo de Sérgio Oliveira.
O FC Porto apresenta uma candidatura muito forte ao apuramento e ganha vantagem sobre Olympiakos – O segundo golo pode ser determinante nas contas finais – mas não é certo que o nível exibicional se possa repetir no duplo confronto com o Marselha, esperando mesmos resultados.
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