A peça mágica que levou a Taça para Braga!

Na passada terça feira realizou-se a final da Taça de Portugal Feminina da época 2019-2020 onde se encontraram o SL Benfica e o SC Braga, uma semana após a vitória do SL Benfica, contra o mesmo adversário, para a Taça da Liga, também, da época 2019-2020.

Miguel Santos, treinador do SC Braga preparou este jogo de uma forma excepcional!
Vamos demonstrar o que levou o SC Braga a vencer o recente SL Benfica de Filipa Patão, e as principais dificuldades que as jogadoras do SLB ainda sentem nesta nova forma de jogar.

Momento chave do SCB: Pressão na primeira fase de construção
Jogadora chave do SCB: Hannah Keane

O vídeo acima demonstra como o SC Braga pressionou a 1ª fase de construção do SL Benfica, sendo sua prioridade impedir a entrada da bola na principal organizadora do jogo do Benfica: Pauleta. Quem desempenhou esse papel? Do primeiro ao último minuto (que esteve em campo): Hannah Keane. A americana foi a peça chave para a falta de sucesso na construção do Benfica, impedindo assim que houvesse ligação entre a linha defensiva e as avançadas, retirando o conforto que o SLB gostaria de ter neste novo modelo de jogo.

Para contrariar esta pressão, o Benfica tentou várias vezes realizar trocas posicionais entre a Pauleta e Ana Vitória, que quando resultaram, e a Pauleta conseguiu receber a bola com algum espaço/tempo, acabaram por criar algum perigo para a baliza adversária.

Embora tivéssemos visto um SLB dominador, com mais posse de bola, com mais circulação, não podemos deixar de realçar a maneira como o Braga decidiu abordar o jogo, através de processos mais simples, verticalidade e maioritariamente pela procura de profundidade, onde criaram inúmeras situações de igualdade numérica e de finalização.

O SL Benfica pôde por várias vezes criar também situações de cruzamento e finalização, mas as decisões na fase de criação continuam a ser o seu ponto mais fraco, apesar da qualidade acima da média das protagonistas. Na maioria das vezes querem fazer o passe mais difícil, a assistência para golo, quando podem simplesmente fazer um passe mais simples para uma colega melhor posicionada naquele momento para fazer o último passe. Não conseguiram fazer neste jogo, o que fizeram (e muito bem!!) no jogo da Taça da Liga: controlar o jogo através da posse de bola, circular e não perder as bolas em zonas perigosas que permitam as transições rápidas do Braga ( momento em que o Braga é mais perigoso!)

Duas ideias diferentes que se encontraram por duas vezes em duas finais. Uma taça para Lisboa, outra Taça para Braga. A melhor prova em como não há verdades absolutas nem dois jogos iguais!


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