A postura pressionante da turma algarvia surpreendeu o líder, que demorou a assentar o seu jogo. Mas Pote, sempre ele, novamente em zonas onde faz realmente a diferença, surgiu para desbloquear um jogo que nasceu difícil para o Leão.
Se no papel o desenho leonino se assemelhou um 3x4x3, a dinâmica verde e branca mostrou algumas nuances que procuraram confundir as referências de marcação algarvias. Sobretudo Pedro Gonçalves, o joker leonino que, em teoria ocupou a ala direita mas na prática a permanecer por dentro, até mesmo em permutas com Paulinho.
Bragança e Palhinha de perfil e, ao pisarem os mesmos espaços e, se a classe com bola do mais jovem traz ao Sporting uma maior clarividência na circulação, pareceu evidente a dificuldade da dupla de médios leonina em encontrar as referências de pressão no momento de transição defensiva.
Sem Tiago Tomás e um ala com características de rompedor, o Rúben Amorim procurou conferir à equipa uma maior capacidade de controlo de jogo com bola mas perdeu, com isso, talvez aquela que foi a maior mais-valia leonina ao longo deste campeonato: o ataque à profundidade.
Num campo de dimensões reduzidas e um jogo, maioritariamente de segundas bolas, a equipa algarvia conseguiu transportar o jogo para o território que mais lhe convinha, levando a incerteza do resultado até final.
Chega a reta final e, com ela, os momentos de decisão, e este era um jogo que, por diferentes motivos era crucial para ambas as equipas. Sobretudo na segunda parte, o que se viu no algarve foi um jogo recheado de contra transições e erros técnicos, de ambos os conjuntos.
Destaque Individuais
Beto e Adán foram os principais responsáveis pelo magro resultado. Um par de intervenções de grande classe, de ambos, a mostrar, novamente, que a qualidade não tem idade. Classe e segurança nas balizas.
Pote voltou à liderança dos goleadores da Liga e deu mais 3 pontos à turma leonina. Uma época de sonho para um médio que é um regalo para a vista em tudo o que faz com bola.
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