
Os modelos com ideais de posse prolongada, com organizações ofensivas mais elaboradas e subprincipiadas por uma construção apoiada desde trás (particularmente os que adotam saídas variadas a 2,3 ou a 4) catalizaram a aposta num perfil diferenciado para a posição de defesa-central. O central que recebe e simplesmente entrega está quase em vias de extinção e a aposta recai cada vez mais no central que é altamente provocador com bola (que identifique corretamente os espaços para progressão, seja condução por dentro ou por fora para atrair ou fixar a pressão) e capaz de servir de lançador buscando os espaços fora da pressão sejam eles em corredor contrário, entre linhas ou nas costas da defesa (permitindo que os colegas aguentem nas costas da pressão e não se sintam tentados a vir pegar jogo demasiado baixo).
A exibição de Lisandro Martínez no empate do Ajax em Roma nesta quinta-feira foi um recital na fase I (construção), com o central argentino a ser um dos grandes responsáveis pelos valores esmagadores de posse de bola dos holandeses pela elegância da sua qualidade técnica (tem um pé esquerdo fabuloso), critério nas ligações curtas e longas (bem como nos momentos para acelerar ou colocar pausa) e desequilíbrios em progressão, não sendo de admirar que seja já noticiado como possível alvo do Barcelona para o próximo defeso.

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