Duas partes, duas faces

Para jogar bem tens que saber correr, sobretudo, se não tiveres a bola. A importância do contra movimento de Rafa a trazer o golo do empate ao cair na pano na primeira naquela que foi a única ação digna de nota no primeiro tempo encarnado, com extrema dificuldade em ataque posicional. Golo de Pizzi. É ali que o médio português pode trazer algo ao Benfica, perto da baliza, onde define bem.

O empate que surgiu na hora H na perspetiva encarnada porque, primeiramente para serenar a equipa para o intervalo que, além disso trouxe à equipa um ajustamento que a veio estabilizar. Gabriel ficou, desde cedo condicionado pelo cartão amarelo que lhe foi mostrado prematuramente no encontro, algo que condicionou muito o seu comportamento em ações de transição defensiva, em especial no lance que inaugurou o marcador.

Com a sua saída, o Benfica ganhou também maior fluidez na circulação, que a juntar ao segundo golo benfiquista. Um golo “à Darwin” em momento de transição ofensiva em ataque à profundidade. A partir deste momento o jogo ficou resolvido porque ficou à imagem do Benfica.

Um jogo partido, com um Portimonense estendido no campo à procura dos pontos, colocou a equipa encarnada na sua zona de conforto, com mais espaço para explorar a profundidade e assim, mais condições para criar e permitir que os seus velozes homens da frente pudessem encontrar as condições ideais para dilatar a vantagem no marcador num dia de maior eficácia.

Um Benfica de duas caras. A pálida, na primeira parte, em ataque posicional, e a alegre, na segunda, em transição.

Destaques Individuais

Darwin e Seferovic em noite sim. O jovem uruguaio mudou o jogo na segunda parte, num contexto à medida das suas características e, certamente motivado pelo golo, partiu para aqueles que foram, talvez, os seus melhores 45 minutos da época. Fortíssimo no ataque à profundidade e melhor até, naquilo em que não é tão forte, na ligação em zonas de criação.

Beto foi um constante elemento perturbador para a defensiva encarnada. Se a sua qualidade no ataque à profundidade já era conhecida de todos, e ficou novamente expressa no golo desta noite, o avançado português tem juntado àquele que é o seu ponto forte, uma cada vez melhor relação com a bola, quer em condução quer em ligação. Está a fazer o seu caminho para outros patamares.

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