O Regresso de Tiago Dantas

Depois de uma temporada praticamente sem jogo – Fez 7 jogos na Equipa Secundária do Bayern, que disputa a terceira divisão, e menos de 70 minutos na equipa principal bávara, o talentoso médio regressa ao Benfica.

Tecnicamente esclarecido como poucos outros a nível mundial, de Tiago espera-se que nunca perca a bola. É o tipo de jogador que facilita o jogo ofensivo das suas equipas. Sem erro, dá fluidez, liga cada sector e corredor com a qualidade dos predestinados em posse. Contudo, o seu regresso surge pós temporada traumatizante onde se sentiu em demasia as dificuldades sem bola dos médios do Benfica – E todos eles terão aí mais argumentos que o pequeno talento. Apesar do nível técnico absurdo, o seu raio de acção no momento defensivo, e capacidade para resgatar a bola para a sua equipa fazem prever que jamais será médio centro com Jorge Jesus. Mas poderá Dantas surgir nas costas de um avançado? Na sua despedida em Munique, jogou nas costas de Choupo-Moting, à frente de Kimmich e de Muller, alimentando Coman e Musiala

Que papel no Benfica 2021/2022?

6 Comentários

  1. Infelizmente, penso que o JJ não irá olhar para ele. É pena ver os jovens que se destacam na formação e quase nenhum tem possibilidade de evoluir na equipa principal, ou pelo menos rodar numa equipa de 1 liga para saber a sua mais valia.

  2. Malta com todo o respeito xD, este vídeo é um acumular de acções técnicas e passes absolutamente banais. Vi o jogador um par de vezes e, na minha humilde opinião, terá muita dificuldade em calçar no Benfica. Na posição sugerida, comparando com Luka, o que é que Dantas oferece melhor que o alemão?
    Abraço

  3. O alemão é uma língua difícil, já levo 4 anos e meio a aprender a sério e ainda faltam muitos para ter um bom nível. Viver um ano em Munique deve acelerar o processo de aprendizagem da língua, bom pra ele. Se voltar ao Benfica, poderá praticar conversação com Luca no balneário, porque jogar a bola com JJ ele não vai.

  4. Um vídeo é sempre um vídeo – uma perspectiva que implica escolhas, um recorte de pormenor – mas é possível ver, sim, claramente, alguns dos trejeitos que caracterizam este atleta cheio de talento. O problema dele não são as características físicas (que são elementos importantes mas bastante longe de serem uma prisão, como é óbvio e nem aceito discutir isto) mas o contexto onde está inserido – num clube com uma política errática sobre a formação de atletas e o modelo de jogo que se pretende adquirir (há um desfasamento entre o que se aplica na formação e o que se decide para a equipa principal), realidade que é confirmada pela contratação obtusa de um treinador obtuso e cheio de medos/inseguranças pessoais e de ideias feitas e de simples parvoíces: aquela justificação para a braçadeira do Otamendi diz tudo sobre determinado pensamento. Por isso, um eventual falhanço profissional do Dantas diz mais sobre a sociedade em que vivemos – a dos Rafas a correr tipo uma galinha sem cabeça, que pretende consumir tudo na hora, que tem aversão à pausa – do que sobre o talento do rapaz.

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